quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

A Bahia, o Quiosque, o Palco e o Bicho Preguiça


Depois do Natal, partimos para a Bahia, nosso destino final de férias! Ficamos hospedados em Arraial da Ajuda, um vilarejo para lá de gostoso e charmoso. Adoramos! As praias são encantadoras e com água quente! Tudo que eu precisava! O tratamento no Nordeste é muito bom e isso dá ainda mais prazer de voltar lá mais e mais vezes!

Bem, claro que, com isso, não podiam faltar as mais inusitadas loucuras de Belchior. Logo no primeiro dia que fizemos praia, ficamos num quiosque muito bom e meu marido passou o dia tomando chopp e eu tomando água de coco, com o pessoal de lá regando nossos pés pelo calor! Ah, isso não tem preço!!

Pois bem. Logo no café da manhã do 1º dia, puxamos papo com um casal de gaúchos. Acabamos nos reencontrando na praia e, desde então, fizemos quase todos os programas juntos. E eles ficaram impressionados com Belchior e suas maluquices. Ele falava com todos os índios que vendiam coisas na praia, me fez ficar fantasiada de índia, se vestiu de índio também, cismou a viagem toda que queria comprar um cocar que custava R$ 500 (e eu quase dava na cara dele!), fez o gaúcho, acostumado com chimarrão, tomar muitos chopps com ele e tchan tchan tchan!

No quiosque tinha música a vivo. Saiu de fininho (eu crente que ele ia dar um mergulho), mas a direção dele era o palco. Chegou lá de mansinho, pediu para cantar e deixaram! Os gaúchos ficaram impressionados! E o pessoal em volta da nossa mesa que estava acompanhando ainda que só com os olhos os comentários e brincadeiras de Belchior também ficaram! Muitos cantaram em coro com ele. E eu fui lá fotografar. Tinha que registrar o momento! O primeiro dia foi animado!

Nos outros dias, a história seguiu no mesmo rumo. Ele fez amizade com todo mundo da pousada. Chegava louco das nossas praias e entrava no churrasco dos paulistas, na conversava com o italiano dono da pousada, falava com todos, chegou a dar uma camisa usada e suada do Fluminense (ele é tricolor doente) para o irmão do italiano levar para sua terra e disseminar o time dele na Europa. Eu, cansada e querendo renovar as baterias, entrava no quarto, tomava um banho e ficava esperando Belchior voltar.

Como estávamos de carro, fizemos vários passeios. Trancoso, Praia do Espelho (que lugar deslumbrante, me senti na Ilha de Caras), Caraívas (uma coisa maravilhosa), Santo Antônio, Santo André e um tour por Porto Seguro. Para chegar aos lugares ao sul de Arraial da Ajuda, a gente pegava uma estrada de chão.


No caminho havia uma tribo indígena que vendia artesanatos e ficavam na estrada atraindo os turistas. De longe Belchior avistou uma indiazinha com um bicho preguiça no colo. Tivemos que parar, pois ele queria tirar foto de qualquer jeito. Ok, vamos lá, querido. Abrace a índia. “Não, casadona, você não entendeu. Índia, posso pegar o bicho preguiça no colo”? O que???? Tá louco, meu bem? Nada o fez desistir da ideia. Os gaúchos riam de se acabar. E Belchior fez pose, graça, abraçou, só faltou beijar o bicho preguiça na boca! RS Com certeza, as pessoas tiravam foto dos índios e do bicho. Mas pegá-lo no colo? Coisas de Belchior! Todos se divertiam muito com ele e eu mais ainda, claro!

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

De volta! Então foi Natal


Voltamos à vida, ao trabalho e aos demais compromissos! Tenho tantas coisas para escrever aqui, que já fiz até uma listinha! Mas, como um pouco de organização não faz mal a ninguém, vamos aos fatos por meio de uma ‘cronologia’.

Então foi Natal. Uma data ótima para muitas pessoas, mas para mim, não tão legal assim. São muitas lembranças, uma saudade imensa da minha mãe, porém nada de melancolia. Passamos a virada do dia 24 com a minha família e, no dia 25, fomos para a terrinha do Belchior. Tínhamos dois amigos ocultos para uma só tarde! Com direito a versinho e tudo!

Já tinha ficado dias pensando nessa porra de versinho. Eu tirei a bebê da família, pensava! Ainda bem que ela não vai me ouvir! A tradição é antiga e todos precisam fazer o tal versinho. E a cobrança? “Casadona, vc é jornalista. Na vá me decepcionar e estragar o amigo oculto da família”, dizia meu marido. É mole ou quer mais.

No amigo oculto “normal” (nada é normal de verdade na família do Belchior rsrs) foi mais tranqüilo. Só fiquei chateada de verdade com Belchior. Vocês acreditam que ele tinha me tirado no amigo oculto, achou que era a mulher do primo dele (que tem o mesmo nome que eu) e comprou qualquer coisa de presente?

E, pior, além de me fazer saber que tinha comprado qq coisa, só soube dizer que se enganou de pessoa e pronto, jogou o presente em cima de mim. Nenhuma declaração, palavra carinhosa, ah, ‘foi legal ter tirado a minha esposa’, sei lá, qq coisa. Mas só tiveram gargalhadas dele e da família. Tudo bem, a gente releva. Fazer o que.

No amigo oculto versinho a coisa foi diferente. Sério, fiquei mal. Estava passando mal de calor e de vergonha. Mais de 60 pessoas participavam. Ok, os versinhos eram ruins, eu rolava de ir. Mas todos estavam na expectativa do meu! Ainda bem que demorou. Fui uma das últimas e na hora enrolei! Funciono bem na pressão! E a galera estava mais para lá do que para cá! Era tanta gente misturada com cerveja que só poderia terminar assim mesmo! Um verso mais engraçado e ruim que o outro!

E os meus versinhos saíram assim rápidos, ninguém ouviu direito! A bebê adorou a boneca de pano e todos estavam tão loucos de cerveja, inclusive Belchior, que o meu versinho passou batido! De qualquer forma, a experiência foi, assim, meio Belchior (eu, ele, a cevada e a família)!