terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Mira's Christimas - parte 1


Preciso começar esse texto sobre o Mira’s Christimas com uma menção especial e honrosa ao casal que esqueci de mencionar no último texto! MJ e S., super especiais, que estão noivos e gosto tanto! Mil desculpas, casal, pela minha falha grave! Prometo ser mais cuidadosa nos próximos posts!

Bem, vamos começar do começo. RS Saí do trabalho ansiosa e animada para o nosso evento! Afinal de contas, tinha preparado o pouco que fiz com muito carinho. Depois de alguns anos desanimada para o Natal, acho que, enfim, estou caindo nas suas graças de novo, feliz por compartilhar com pessoas queridas, momentos deliciosos. Nada do que o velho e o bom tempo não consegue resolver nas nossas vidas.

Continuando, achei que fosse chegar em casa e teria um tempinho de organizar as coisas, fazer meu ritual louco de cheiros, espalhar pelos ares meus 30 e poucos (brincadeira) cheirinhos para que todos pudessem sentir-se num ambiente gostoso. Abro a porta de casa e, Belchior, sentado na varanda, já estava acompanhado de F.F., rindo à toa, com seus respectivos copinhos de chopp nas mãos. OBS: Será que, neste ritmo, a chopeira, com capacidade para 220 chopps duraria a noite toda?

Tratei de me arrumar e, quando saí do banho, tratei de fazer meu ritual de cheiros na frente do F.F. mesmo, que me olhava espantado e comentava: “Essa menina não bate bem não. O que é isso?”, perguntava ele a mim, enquanto borrifava o cheirinho na cortina. Não precisou de muito tempo para que a turma chegasse, engatasse nas conversas e se sentisse à vontade. De prima e em paralelo, já tomei um puxão de orelha de S., noiva de MJ, sobre o lapso no blog. Fiquei realmente sentida...

Entre um ‘esquenta salgado’, ‘coloca a pizza no forno’, ‘sai o chopp’, ‘come uma bolinha de queijo’, ‘ri’, ‘fuma’ e ‘tira foto’, eis que todos estavam reunidos para, enfim, começarmos o nosso amigo oculto.

A ‘porrada’ já comeu no início e foi difícil organizar as 15 ideias, sugestões, críticas e descontentamentos para chegarmos a um acordo amigável sobre a forma da brincadeira. Como boa anfitriã, prevaleceu a ideia que eu tinha conhecido há pouco tempo e tinha certeza de que, no fim, todos adorariam.

Não sei se vou conseguir explicar aqui, em palavras, mas funciona mais ou menos assim: o grupo elege uma pessoa para começar a brincadeira. Até aí, nenhuma novidade. A pessoa eleita segue para se esconder em algum local. Quem a tirou levanta a mão e se apresenta para o resto do grupo. A pessoa eleita volta, senta numa cadeira e, aí, começa a brincadeira. O eleito tem que adivinhar, através de perguntas direcionadas ao resto do grupo, quem o tirou. Não valem perguntas diretas, como: é homem ou mulher, que time torce e etc. O grupo pode e deve blefar para a descoberta ficar mais ‘interessante’. O legal é que você descobre quem te tirou e não faz discurso para quem você tirou.

Bem, o eleito foi Belchior, que se escondeu e voltou para começar a rodada de perguntas... Preparem-se para o próximo post!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Mira's Christimas




Vamos começar hoje sem esse meu papinho furado de que vou escrever sempre aqui. Estou há meses sem dar um ar da graça sequer e vocês não merecem as minhas justificativas vãs. Portanto, é Natal e estamos quase chegando lá, no dia tão especial. Li uma frase ótima hoje: o ano passou tão rápido e o Natal não chega nunca. Como o Natal chega para mim em setembro, já estou de saco cheio de escrever, comentar, comprar presentes e, principalmente, do Papai Noel. Se não bastasse escrever sobre tudo possível e imaginável para meus três shoppings, ainda fui para São Paulo entrevistar mais três Bons Velhinhos para o jornal. E também as pautas que chegam para mim sobre eles: querem medir o tamanho da barriga; querem filmar a conversa deles com as crianças, se a barba é verdadeira e etc! Afff!!! Só falta pedirem para medir o tamanho do bilau dos velhinhos!!! Sentiram o meu ódio, né.

Blábláblás à parte, não posso evitar a ‘magia’ desta época natalina com vários encontros e reencontros com pessoas queridas, confraternizações e etc. Por isso, escrevo para informá-los de que hoje, dia 16 de dezembro de 2011, teremos a honra de celebrar o Mira’s Christimas! Sim, caros amigos, um Natal da terrinha puro no palito, com direito a amigo oculto e tudo. O evento será lá em casa e eu passei a semana toda pensando, confabulando e arrumando as coisas, pois sou como Capitão Nascimento: missão dada é missão cumprida!

São 15 representantes sólidos da terrinha mais adorada e conhecida, aclamada e amada por todos os terrinhanos. Sintam a pressão: Casadona e Belchior; MJ. e S. (com uma retificação mais do que plausível); S. e A.X.; L. e D.; G. e D.; B.L. e N.; H. e T.; P.S. (participação especial depois do AI-5); F. e H. dela T. Até uma chopeira foi alugada para dar vazão as loucuras desse povo hoje. A chapa vai ferver!

Então, aguardem, pois na semana que vem teremos o prazer de trazer tudinho documentado para vocês sobre o Mira’s Christimas e seu amigo oculto (que já está dando o que falar). Bom fim de semana a todos e salve-se quem puder!!!

sexta-feira, 14 de outubro de 2011


Hoje, prestes a quase chegar aos 30 aninhos no dia 16, deixo o palco do blog para este texto ótimo que recebi.Vale a leitura!!!

Isso é vida, bebês! :-)


SOLIDÃO CONTENTE

O que as mulheres fazem quando estão com elas mesmas

*por Ivan Martins

Ontem eu levei uma bronca da minha prima. Como leitora regular desta coluna, ela se queixou, docemente, de que eu às vezes escrevo sobre solidão feminina com alguma incompreensão.

Ao ler o que eu escrevo, ela disse, as pessoas podem ter a impressão de que as mulheres sozinhas estão todas desesperadas e não é assim. Muitas mulheres estão sozinhas e estão bem. Escolhem ficar assim, mesmo tendo alternativas. Saem com um sujeito lá e outro aqui, mas acham que nenhum deles cabe na vida delas. Nessa circunstância, decidem continuar sozinhas.

Minha prima sabe do que está falando. Ela foi casada muito tempo, tem duas filhas adoráveis, ela mesma é uma mulher muito bonita, batalhadora, independente e mora sozinha.

Ontem, enquanto a gente tomava uma taça de vinho e comia uma tortilha ruim no centro de São Paulo, ela me lembrou de uma coisa importante sobre as mulheres: o prazer que elas têm de estar com elas mesmas.

Eu gosto de cuidar do cabelo, passar meus cremes, sentar no sofá com a cachorra nos pés e curtir a minha casa, disse a prima. Não preciso de mais ninguém para me sentir feliz nessas horas.

Faz alguns anos, eu estava perdidamente apaixonado por uma moça e, para meu desespero, ela dizia e fazia coisas semelhantes ao que conta a minha prima. Gostava de deitar na banheira, de acender velas, de ficar ouvindo música ou ler. Sozinha. E eu sentia ciúme daquela felicidade sem mim, achava que era um sintoma de falta de amor.

Hoje, olhando para trás, acho que não tinha falta de amor ali. Eu que era desesperado, inseguro, carente. Tivesse deixado a mulher em paz, com os silêncios e os sais de banho dela, e talvez tudo tivesse andado melhor do que andou.

Ontem, ao conversar com a minha prima, me voltou muito claro uma percepção que sempre me pareceu assombrosamente evidente: a riqueza da vida interior das mulheres comparada à vida interior dos homens, que é muito mais pobre.

A capacidade de estar só e de se distrair consigo mesma revela alguma densidade interior, mostra que as mulheres (mais que os homens) cultivam uma reserva de calma e uma capacidade de diálogo interno que muitos homens simplesmente desconhecem.

A maior parte dos homens parece permanentemente voltada para fora. Despeja seus conflitos interiores no mundo, alterando o que está em volta. Transforma o mundo para se distrair, para não ter de olhar para dentro, onde dói.

Talvez por essa razão a cultura masculina seja gregária, mundana, ruidosa. Realizadora, também, claro. Quantas vuvuzelas é preciso soprar para abafar o silêncio interior? Quantas catedrais para preencher o meu vazio? Quantas guerras e quantas mortes para saciar o ódio incompreensível que me consome?

A cultura feminina não é assim. Ou não era, porque o mundo, desse ponto de vista, está se tornando masculinizado. Todo mundo está fazendo barulho. Todo mundo está sublimando as dores íntimas em fanfarra externa. Homens e mulheres estão voltados para fora, tentando fervorosamente praticar a negligência pela vida interior com apoio da publicidade.

Se todo mundo ficar em casa com os seus sentimentos, quem vai comprar todas as bugigangas, as beberagens e os serviços que o pessoal está vendendo por aí, 24 horas por dia, sete dias por semana? Tem de ser superficial e feliz. Gastando senão a economia não anda.

Para encerrar, eu não acho que as diferenças entre homens e mulheres sejam inatas. Nós não nascemos assim. Não acredito que esteja em nossos genes. Somos ensinados a ser o que somos.

Homens saem para o mundo e o transformam, enquanto as mulheres mastigam seus sentimentos, bons e maus, e os passam adiante, na rotina da casa. Tem sido assim por gerações e só agora começa a mudar. O que virá da transformação é difícil dizer.

Mas, enquanto isso não muda, talvez seja importante não subestimar a cultura feminina. Não imaginar, por exemplo, que atrás de toda solidão há desespero. Ou que atrás de todo silêncio há tristeza ou melancolia. Pode haver escolha.

Como diz a minha prima, ficar em casa sem companhia pode ser um bom programa desde que as pessoas gostem de si mesmas e sejam capazes de suportar os seus próprios pensamentos.

*Ivan Martins é editor-executivo de ÉPOCA

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Então, já é Natal?


Já é Natal na Leader Magazine?! É verdade! Vocês repararam que faltam apenas três meses para o ano terminar? Estão com a sensação de que viveram cinco anos em um? Tenho feito uma reflexão séria durante esses dias e a coisa me veio com mais intensidade por duas razões principais: a primeira é porque eu trabalho com shoppings e para a gente já é Natal desde agosto. Todos os detalhes já estão definidos. Aff, e eu já estou alinhando minha estratégia de divulgação em setembro. Aliás, em alguns shoppings o Natal começa no final de outubro. A segunda coisa perturbadora foi a pergunta que minha amiga M. me fez no último final de semana: “E aí, amiga, vamos passar o reveillon aonde”? Oi?! Como?!

Se a sua resposta também foi parecida com a minha, estamos na mesma onda. Não faço a menor ideia e nem parei para pensar nisso ainda. O fim do ano é delicioso de se viver, com várias comemorações, planos e etc. Mas, sinceramente, o marco para pensar nessas coisas é depois do meu aniversário, no dia 16 de outubro (para aqueles que não sabiam, fica dica! RS). Mas ainda falta um mês! Ou seja, a cada ano, nosso fim de ano começa mais cedo. E com ele, os planos, as programações e definições. Afff!

Parei para pensar também em tudo que vivi em 2011 até agora e tentei elucidar o grande ‘mistério’ das minhas contas e gastanças, que foram excepcionais neste belo ano. E, aí, deparei-me com uma bela surpresa: simplesmente fiz tanta coisa bacana, vivi tantos momentos deliciosos, cuidei tanto de mim, me permiti viver tantas emoções como nunca antes na história da minha vida. O ano está voando não só pela correria normal, mas também pela intensidade com que vivi cada minuto dele.

Estranho chegar a essa conclusão aos 28 anos de idade. Talvez por uma certa maturidade, depois de tantas coisas ruins pelas quais passei, fique fácil chegar a conclusão de que, sem dúvida, foi o melhor ano da minha vida! Não porque já não tenho mais a responsabilidade que tinha quando cuidava da minha avó ou mesmo por estar mais madura em relação à falta absurda que a minha mãe faz no meu eu interior, mas por ter me permitido viver. Simplesmente e plenamente. Sem medo, sem hora, sem estresse, sem preocupações. Viver apenas por viver. Um dia de cada vez. Uma hora após a outra. Sim, caros apreciadores, quantos de nós já se permitiram levar a vida deste jeito?

Pode ser que eu tenha sido ‘privilegiada’ em ter esta percepção. Quantas conquistas tivemos, quantas coisas realizamos, quanto tempo perdemos, ou ganhamos, quantas apostas, quanta diversidade? Sabemos contabilizar? Sabemos valorizar? Acho que eu não sabia. Realmente parece que vivi cinco anos em apenas um. Mas com humildade, com sabedoria. Fiz dos meus momentos mais tristes e íntimos uma escada para o aprendizado. Chorei sozinha. Não pedi ajuda. Detalhei cada inquietação de minha alma. Aprendi a respeitar. A ficar só, a me amar em silêncio, a perceber em mim uma pessoa legal para eu mesma conviver. Caí, levantei, suei a camisa, fiz coisas que jamais imaginei, me envolvi com obra, com mudança, com uma nova empresa, com administração, com novas emoções, com o sentido da vida, da perda, do resgate.

Tive a oportunidade de aprender. Com erros, acertos, contas, gastos, alegrias, encontros, desencontros, despedidas. Viajei muito, realizei sonhos, valorizei minha saúde, mudei meus hábitos, minha maneira de vestir, de pensar, de agir. Duas viagens internacionais, dois shows internacionais, Rock’n Rio, Bienal do Livro, gastos com saúde e falecimento, burocracias, programas caseiros, rueiros, ri à toa em casa, fiz muitas palhaçadas com meu marido, brigamos muito, fizemos muitas pazes, ficamos muito juntos, ficamos muito distantes.

Está sendo um ano de muito valor, de muito aprendizado, de muitas experiências, de muita coisa boa, muita coisa ruim. Mas o saldo é infinitamente positivo. Bem, era isso. E vocês? Já pensaram aonde vão passar o réveillon? Rs

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O que será ....




O que será que te faz imaginar, sonhar e refletir sobre seus medos, suas manias e seus desejos? Acho que a gente vive de ciclos, de momentos e de prioridades. Eu quero a chave para abrir a porta da minha inquietude e das minhas disparidades! A única certeza que tenho é de que sou banhada pelo bem querer irrestrito a todos e que desejo um pouquinho de alegria a todas as pessoas!





Vocês devem estar achando que eu surtei, né, com todo esse emaranhado de loucuras jorradas num post e blog assim, puro no palito! Todos os dias eu tenho um ‘surto’ poético e várias palavras, sentimentos e desejos se confundem na minha mente e no meu interior! Perciso colocar para fora, sabe. É como se, todos os dias, eu precisasse ‘vomitar’ umas palavras e gritar ao mundo.





Deixando esse papo louco para lá, o que escrevi tem total sentido e também não tem sentido nenhum! Sei lá, não sei se isso rola com vocês, mas eu vivo vários ‘momentos’ e ‘ciclos’ na minha vida. E descobri, recentemente, através de minhas pesquisas internas, que a minha máxima é sempre buscar alegria e ser feliz comigo mesma. Antes, eu duvidava daquelas pessoas que sentiam um prazer imenso e uma felicidade incrível ao fazer compras, por exemplo. Achava que isso era doença, mas não é que estou passando por esse ciclo e isso me faz feliz. Cuidar da gente, adiquirir coisas importantes para o nosso momento é mais do que prazeroso. É um estado de espírito, de plenitude, de realização! E esse stado se replica em quem convive com a gente, em pessoas desconhecidas, nas nossas atitudes diárias. Estar feliz com a gente mesmo é uma das chaves!





Já tive any outros momentos, como ter o meu apartamento, decorá-lo, só pensar e viver para comprar coisas de casa. Queria construir o meu canto, com minha cara, construir uma história a dois, que seria refletida em cada mínimo detalhe. A marca está em todos os lugares, desde a abertura da porta da sala, o claviculário, a cor da parede, ao tapete do banheiro. Tudo é cuidadosamente escolhido, até a toalha de prato, que deve combinar com a ‘aura’ da cozinha. O sabonete do banheiro social, principalmente quando recebemos visitas, deve expressar leveza, cheiro de alegria.





Sou totalmente psicótica com esses detalhes. É sério e deve ser meio ‘anormal’ da minha parte. Mas, sou assim mesmo, fazer o quê? Espero, ansiosamente, para o sabonete acabar e, então, eu escolher a fragância que melhor define o meu momento (sim, esgoísticamente). Nada de repetições. E essa é minha tarefa, cuido com prazer. Funciona assim também com o detergente da minha cozinha. Quem escolhe sou eu, claro. Ninguém coloca a mão. Não gosto de neutros. E eles devem ser intercalados. Adoro marine, laranja, coco, glicerina. Rs Fico monitorando, sempre que chego em casa, para ver se já tá acabando. Abro o armário e defino na minha mente qual será o próximo a ir literalmente para a roda! E, assim, caminho com minhas esquisitices por esse nosso mundo particular.





Cada um com suas manias e as minhas também são à base do cheiro. Casa cheirosa, cheirinho para sala, para o banheiro, perfume de ambiente, para as roupas de cama, sofá e cortinas. Cheiros para mim, cremes, sabonetes e espumas de banho. Tenho muitos produtinhos desses e, a cada dia, tenho mais prazer em comprar e encher a minha vida de aromas.





Nem preciso falar dos perfumes, né. Sou fissurada, maníaca mesmo. Tenho mais de 25 perfumes hoje, cuidadosamente arrumados sobre uma bandeja, na cômoda do quarto. Relíquias para meu tesouro e minhas precisidades de vida, minhas paixões. Em cada dia, depedendo do meu humor, da ocasião, do fim e do meio (rs), eu escolho uma fragância. É um ritual.





Por mais que vocês pensem e tenham a certeza de que “essa menina é realmente louca”, isso tudo para dizer que cada um cultiva um lindo e essencial tesouro dentro de si, externado por suas prioridades, preferências, rituais, manias e modos de viver. É bom conhecer um canto desses de cada um e dividí-los com as pessoas. Encontrar prazer e harmonia em coisas e momentos impensáveis é um dom. Quem tem alegria e prazer, sabe distribuí-los como ninguém!

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Excursão do tio A.X. - a neve e o último dia no Chile


O nosso último dia no Chile começou cedo e animado. Afinal, terminaríamos a nossa incrível viagem com o Vale Nevado, ele que era nossa menina dos olhos. Óbvio que não sabíamos esquiar, mas queríamos ver a neve, claro. E, conhecer uma das estações de esqui mais badaladas do mundo, seria o máximo.

Todos se preparam bem, H. até nem bebeu muito na véspera, chegou ao hotel mais cedo do que os meninos. Estava com medo de enjoar no caminho. E com toda razão, já que seriam 60 curvas de 180º para chegar até lá. Nazalda, Nazalda, Nazalda (com eco mesmo), nossa guia física e espiritual, chegou cedo e logo todos se reuniram (fato raro) sem demora rumo à neve!

A primeira parada era para ser tranqüila, no lugar onde alugamos as roupas e equipamentos. Mas, rolou um estresse feio já de cara! Como o casal L. e L. já tinham ido esquiar, ficaram abismados com o preço cobrado neste local que a nossa grande Nazalda tinha conchavo, claro! Não adiantou o A.X. e sua grande influência política. Nazalda e sua sede de ganhar dindin falaram mais alto! Ela e o motorista ficaram indignados com a nossa ‘ousadia’ em contestar. Sem muita escolha, ela conseguiu um desconto. Fomos, então, experimentar as vestimentas e, depois os equipamentos...

Bem, preciso, claro, fazer uma ressalva. Que coisa mais nojenta e fedida essa roupa de neve que eles não lavam, apenas passam álcool em gel e alugam sem dó nem piedade. Depois falam que brasileiro é isso, é aquilo!!! Ahhhh, ganham uma fortuna e nem tem higiene. Lá você paga por cada peça de roupa e caro. Gente, é surreal. Nem preciso dizer que fiquei com nojinho, igual aos pôneis malditos, com nojinho da lama! RS Que coisa desconfortável e fedida. Parece uma feira, você sai experimentando calça, depois passa pelo casaco, aquele cheiro que dar vontade de vomitar, uma fila gigante... Ai que nojinho! Rsrs

Depois de quase duas horas para que 12 pessoas experimentassem tudo, pegassem botas, óculos, luvas e o resto das coisas para fazer ski, lá fomos nós! Subindo a montanha, de olhos fechados, curtindo as piadinhas da galera e alguns comentários. Depois de toda expectativa, a neve apareceu! EEEEE, lindo, lindo, legal, mas antes de sair da van tomei a decisão certa. Não iria levar meu equipamento e ficar 5 horas carregando tudo aquilo, de um lado para o outro, sendo que eu nem sei se conseguiria esquiar. Eu e G. decidimos fazer ski bunda quando o pessoal cansasse da brincadeira deles.

Sábia decisão. Todos tentaram, mas ninguém conseguiu avançar muito além dos primeiros passos de ski. Belchior chegou a passar mal, suou absurdamente, tirou o casaco, sua pressão baixou. Essa história de que a gente fica sem ar lá em cima é totalmente verdade! Passados 30 minutos, no máximo, todos acabaram no lugar onde mais gostam: reunidos no bar da estação, apreciando a neve, tomando uma gelada. De vez em quando, um e outro voltava para brincar, mas sem muita empolgação. Minha teoria é de que quando você viaja para o Havaí, você surfa lá? Claro que não!!! Então só porque você vai a uma estação de ski, não precisa esquiar, pois esse esporte é para quem sabe mesmo. Analogias a parte, a experiência foi super válida!!! Fiz Snow Angel, brincamos e até encontramos um boneco de neve!

Voltamos exaustos (como a neve cansa!), mas felizes. O dia foi muito legal, inusitado, cheio de tombos e risadas! Os meninos, claro, pararam direto no bar do hotel, enquanto as ladies foram se recompor para nosso jantar de despedida do Chile. Passamos bastante do horário combinado e saímos pelas ruas em busca de um lugar para comer, por favor. Claro que não poderíamos fechar a viagem sem mais uma aventura! Infelizmente os restaurantes estavam fechados (era segunda-feira, né).

Finalmente entramos um restaurante de comida peruana ainda aberto. Fomos bem recebidos, mas o local estava vazio. Os garçons eram meio diferentes, mas estávamos lá, prontos para qualquer parada. Pedimos as bebidas, a carta de vinho. Não havia quase nenhum vinho. Estranhamos. Fizemos os pedidos dos pratos. Depois de 30 minutos, já famintos, quase comendo a toalha, o garçom volta dizendo que não tinha nenhum dos nossos pratos! Não havia molho na casa!!! Como? “E file mignon, tem”? Suplicou A.X. “Vou lá ver”. Minutos depois, volta o garçom. “Temos quatro”. Sem pestanejar, levantamos da mesa e fomos embora. Com fome, muita fome. Agora, imaginem vocês que loucura. Sabe-se lá Deus desde quando aquelas carnes estavam lá, no freezer vazio pelo visto! Numa mesa com 12 pessoas e num restaurante que não tem comida! Afff!

Saímos vagando pelas ruas de Santiago a procura de qualquer coisa, qualquer lugar para comermos. Nem o restaurante do hotel estava mais aberto. Passava de meia noite. Enfim, depois de andarmos cinco quadras sem sucesso, achamos um local super maneiro, aconchegante, uma espécie de pub com cantina italiana. Enfim, conseguimos jantar e rir bastante da nossa maravilhosa viagem. Última noite, últimas horas.

O nosso vôo de volta foi bom, apenas muito turbulento. Todos mal se falaram, estávamos sentados longe um do outro, mas o cansaço falou mais alto e por nós. Fim de festa e de Chile, mas já com nova música e perspectiva na cabeça: “Hula, hula de lá... quebra, quebra daqui, obaaaa, ô Baia iaiaia, Punta Cana vem aí” !!!! Dá-lhe A.X., é nóis no Caribe, Queiroz!

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Excursão do tio A.X. - o 4º dia no Chile e a cagada


Depois de uma noitada dessas, acordamos podres. Eu fiz um esforço enorme para ir tomar o café da manhã maravilhoso. O pior foi que chegamos às cinco da matina e eu não consegui dormir direito. Depois de tanto energético, fiquei rolando naquela cama dos deuses.

Mas todo esforço era mais do que válido para aproveitar ao máximo o Chile. Esse quarto dia seria dedicado aos vinhos chilenos. Queríamos passar o dia numa vinícola e a que recebemos a melhor indicação era a Santa Rita, a primeira vinícola do País. Depois de any tentativas e opiniões, fechamos com a van e fomos para lá.Além de conhecer um lugar super fofo e aconchegante, a vinícola tem um restaurante e almoçamos lá, em alto estilo.

Belchior acordou passando mal. Também, depois de tanta bebida no dia anterior, já era de se esperar. O que mais me deixa p da vida com ele é que se o moço bebesse legal, mas comesse, ok. O problema é que ele não come.

Assim que chegamos à Santa Rita, sentamos à mesa, e ele ficou branco. O que foi, amor? – perguntei. “Cara, tô passando mal. Tô com dor de barriga”. Gelei, né, galera. O histórico dele é péssimo. Mantendo minhas previsões sempre conectadas, deu 10 segundos e ele saiu em desespero, rumo ao banheiro mais próximo. Depois de uns 15 minutos, ele voltou com aquela sua cara de fiz merda peculiar. E merda literalmente. Mais uma vez em sua vida, Belchior cagou nas calças e no Chile. O pior foi que chegou contando todo feliz, orgulhoso, inclusive com detalhes sórdidos de sua cagada. Sintam o drama:

“Caguei na calça, gente. O pior é que nunca vi disso. Caguei óleo, sabe? Coisa estranha. Só óleo mesmo. Não consegui segurar. Tirei a cueca e pendurei no banheiro. Estou só de calça jeans”. Todos na mesa, já costumados com sua irreverência e falta de pudor neste momento, caíram na gargalhada. Eu saí da mesa. Precisava de ar fresco. Segundo os médicos que nos acompanhavam, ele ainda cagaria mais algumas vezes assim.

Palavra de médico é lei, né. Belchior ainda deu mais umas duas cagadas na vinícola, quase interditou o banheiro e estava andando naquele frio com os balangandãs balançando na calça jeans. Ai, sais. Eu mereço mesmo! Deixou a cueca de presente para o Chile, com o borrão de óleo (eca, eca, eca - que nojinho!!)!

Depois dessa aventura intestinal, fizemos o tour pelo vinhedo. Essa vinícola é super artesanal, antiga e graciosa. As meninas não gostaram da guia, uma chilena elegante, mas que estava, naquele frio de matar, com um sobretudo fininho e uma meia calça com bota. Dizem as meninas que puderam ver, que ela estava sem calcinha! Mas o pior não foi isso, tirando o fato dos meninos ficarem bem interessados nesse item. O problema é que ela era fria, sem paciência e falava super rápido espanhol. Não havia tempo para tirarmos foto, aproveitarmos os momentos das etapas da produção de vinho porque ela corria e falava e corria.

Tentei ao máximo acompanhá-la, mas por isso perdi momentos imperdíveis de registros. Corria atrás da guia esbelta e sorvia suas palavras como se bebesse vinho. Mas nem todos conseguiram fazer isso. S., minha querida, acabou perdendo algumas explicações e na última ‘bodega’, após a guia terminar suas palavras, ela chegou esbaforida perguntando: “o que é isso aqui”? A mulher querendo matá-la e sem paciência nem se deu ao trabalho de respondê-la. Fato que causou uma enorme repercussão no eu interior da S., que não conseguiu se conter: “Ah, que merda! Não entendi nada”, declarou indignada. Nem preciso dizer que todos riram muito, até porque nosso ‘grupo’ tinha outros brasileiros. Se a guia respondeu algo, claro que não. Virou e saiu.

Mas como S. é uma flor de menina, super sensível, ficou triste com sua conduta e o fato mais engraçado é que ela saiu pedindo desculpas para todos por suas palavras feias. Que isso, S.! Todos entenderam a sua indignação!

Depois, relaxamos na área reservada à degustação de vinhos! F. e seu amigo L. amaram essa parte. Beberam muitos vinhos, brincaram e riram bastante. Ficaram amigos de uma vovó super fofa e elegante que se juntou a eles, enquanto seu filho fazia o tour pela vinícula. Ela era super elegante e educada. Riu muito com os meninos. F. então, com um alto grau de vinho na mente, chegou a dar em cima dela e dizer que estava apaixonado. Ahahahahaha, muito louco mesmo! Nem preciso dizer também que fomos os últimos a ir embora e que as luzes do local já estavam sendo apagadas e a portas fechadas...

Bem, para completar, nosso fim do dia foi no restaurante Giratório. Já pelo nome sabe-se que o lugar, no alto de um prédio, simplesmente gira 360º. É louco, mas é sério e de verdade. Como todos já estavam no grau e cansados, nem preciso dizer que o ato de girar abalou a galera. Realmente é legal, mas fica-se tonto facilmente.

Saindo de lá, os meninos aprontaram mais uma. Colocaram a mulherada no táxi e disseram que iam embora para o hotel andando. Claro que pararam num bar antes de chegar ao hotel e, mesmo não agüentando mais, foi mais forte do que eles! Chegaram quase às três da madruga. Isso porque acordaríamos cedo no dia seguinte para ir ao Vale Nevado, nosso último dia chileno...

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Excursão do tio A.X. - a noitada


Conforme prometido, estou ‘a cá’ de novo, mantendo direitinho minha promessa de escrever religiosamente todos os dias da viagem! Bem, pessoal, continuando o terceiro dia no Chile, chegamos ao hotel exaustos do dia animado! Mas os meninos estavam impossíveis e comandados por F. e H. dela T., tínhamos que fazer uma noitada chilena!

Por indicação da nossa guia cucaracha, Nazalda da Silva Sauro, combinamos de ir ao complexo de lazer chamado ‘las urracas’. Ficamos meio cabreiros, os casais não queriam ir naquela noitada pura no palito. Mas confiamos na indicação da dona moça e marcamos às 23h.

Bate hora e local combinados, segui para meu quartinho maravilhoso e, claro, ia descansar um pouco, pois já previa que minha noite seria longa. Conhecendo os meninos da terrinha como conheço (e não precisa conhecer muito para saber o potencial sem limites da galera), aproveitei para relaxar. Mas os ‘chicos’ continuaram bebendo as ‘cervezas’ no lobby do hotel. Soubemos que havia um astro do rock no nosso hotel, o baterista do Ozzy Osbourne. Se soubemos por que somos espertos e sabichões, claro que não! Simplesmente porque havia um aglomerado de fãs na porta e fomos logo perguntar quem era!

Quando Belchior resolveu subir e se arrumar, me disse que eles ficaram batendo altos papos com o cara. Se é verdade não sei. Mas, tudo é possível com eles. rs Na hora combinada, nos encontramos e partimos rumo à nossa noitada! Chegamos no local e o movimento ainda era fraco. Porém, como bons brasileiros que dão sorte, entramos no local sem pagar entrada, pois até meia noite era grátis. Não foram todos que se animaram de ir conosco. O time foi composto por eu, Belchior, A.X., S., H., f. e H. dela T. O suficiente, né?

Ficamos impressionados! O lugar era o máximo! Cheio de ambientes, com restaurantes, mesas e um DJ no meio da pista principal. Tudo super maneiro, um clima legal. Eu e S. jantamos super bem e os meninos entraram sem pestanejar na bebida. Aqui, vou te contar, como conseguem beber tanto? Não pararam desde o almoço. Haja fígado! A rodada da noite, depois de vinhos e cervejas, seria o combo de vodka com energético e uma espécie de refrigerante citrus que vinha de lambuja. Eu fiquei com a rebarba dos energéticos que sobraram, já que adoro!

Só sei que, depois de alguns bons minutos, fomos transferidos para a área VIP da boate, todas as mesas foram retiradas e o som começou!!! A trilha sonora: é o Tchan, sertanejo, Seu Jorge, Paralamas e etc. Nem preciso dizer que demos um show de bailado!!! Ensinamos até algumas chilenas com as coreografias do Tchan que já estavam enferrujadas na mente!

Até que Belchior começou uma amizade com um casal e uma mulher encalhada que sentaram na nossa parte da área VIP. Até que a gente teve que ficar conversando com eles. A esposa do cara, que tinha cara de halterofilista, estava grávida de cinco meses (nem parecia), estava fumando e numa noitada até às cinco da matina. Até que a encalhada virou para Belchior e disse que estava doida para beijar um brasileiro. Até que Belchior, já louco, pediu mais um combo de vodka, só que agora a tal da Grey Goose, francesa e considerada uma das melhores vodkas do mundo. Até que todos já estavam loucos. Até que Belchior resolveu colocar o H. dela T. na fita da encalhada. Até que percebemos que ela não tinha o dente lateral direito. Até que o dela T. chegou e partiu com todo seu instinto animal para cima da gringa, que só sabia se esfregar nele, mas não beijava. Afff....

Depois de muitas e muitas tentativas e, apesar de toda expectativa da galera no entorno, que fazia coro, ensinava o buldogue da terrinha para o H. dela T., infelizmente não foi dessa vez que o ‘chico’ pegou a mulher. Sinceramente, acho até que foi melhor. A mulher (que devia ter lá os 40 e poucos anos), safada, que provocava o menino de todas as formas não beijava! Acho que as chilenas não beijam não. Dizem que só depois do terceiro encontro. Mas elas se esfregam, deixam os homens passarem a mão e tudo mais. Beijar que é bom, nada.

Pelo menos toda essa maluquice animou ainda mais a nossa noite! Pior foi para o F., coitado, que teve PT pouco tempo depois de entrarmos na boate. Nem aproveitou a vodka, nem se esfregou muito nas chilenas. Foi embora para passárgada sem dizer tchau. Ainda bem que conseguiu chegar no hotel sem maiores transtornos.

O fim da nossa noitada foi meio confuso. Belchior, coitado, se caísse no chão, não levantava. Estava cambaleando e ensaiando, mais uma vez, a dança das avezinhas, sem ritmo...rs O problema é que ele só queria ir embora quando acabasse a vodka. Eu e S. já não agüentávamos mais. Solução brilhante da S.: jogar no balde de gelo o restante da vodka!!! Entre uma olhada e outra nossa, S. jogava o líquido dos deuses fora como se fosse água. E, assim, conseguimos, enfim, ir embora! Porém, não sem antes termos mais emoção.

Quando estava esperando os meninos saírem do chiqueirinho VIP, um cara esbarrou em mim e foi me pedir desculpas. Foi a chave para Belchior se emputecer e, simplesmente, pegar a garrafa de Grey Goose e sair em disparada para tacar na cabeça do sujeito!!! Se não fosse o santo H., que segurou-o pela camisa e deu logo um jeito de colocá-lo no lugar dele, daria merda. Depois de alguns estresses e muita conversa, conseguimos, enfim, ir para o hotel! Isso às 5 da matina. Que dia longo! Mas, valeu a pena!

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Excursão do tio A.X. - o 3º dia no Chile


Bem, caros seguidores dessas histórias malucas (e verdadeiras) que conto por aqui, esse terceiro dia de viagem foi sensacional, recheado de eventos e risadas. Vou precisar da audiência e paciência de vocês para lerem sem desistir e se impressionarem com o tamanho do texto. Prometo que tentarei ser o mais breve e divertida possível.

Começamos pela ida às cidades de Valparaíso e Viña Del Mar, postais do Chile que não devem ser esquecidos numa oportunidade de viagem. A nossa vanzinha querida chegou cedo para nos buscar no hotel e nossa guia beleza pura, Nazalda, estava lá firme e forte.

O trajeto durou cerca de 1 hora e pouco, eu estava bêbada de sono, mas a galera estava animada. Foram many many piadas e piadas. Entre um olho aberto e o outro fechado, não resisti e acabei dando várias risadas.

Nossa primeira parada foi numa lojinha de doces para provar uma bebida louca feita com uva de lá (não me recordo agora o nome), que não tinha para vender!! No local também havia duas lhamas no quintal e Belchior, claro, sempre ele, ficou provocando os animaizinhos, coitados! Ele ficava quase escarrando (fazendo aquele grunhido nojento) para ver se elas davam uma cusparada na cara dele. Coisas surreais de Belchior, que ganhou aplausos de outros turistas que estavam por lá, mas a cusparada na cara que era bom mesmo, nada!!!

Na nossa chegada a Valparaíso, nos dirigimos direto para a casa de Pablo Neruda, uma construção de cinco andares, totalmente preservada. Lá funciona o Museu La Sebastiana, um dos locais mais lindos e interessantes que visitamos. O tour pela casa foi surpreendente. Ao invés de guias, cada um recebia um equipamento que parecia um telefone e ouvia a história de cada andar da casa, dos objetos e até mesmo as frases e falas do nosso mestre Neruda. Uma “viagem cultural” incrível. Claro que, ao sair, fui correndo comprar várias recordações desse momento, com um livro com 20 poemas de amor e um imã com a frase: “Confesso que vivi”. Amo. Depois, fomos para o porto da cidade, patrimônio histórico mundial. Nada demais. Até aí a galera estava meio desanimada. Hoje acho que era apenas uma pausa para o que viria mais tarde...

Saímos de lá e fomos direto a Viña Del Mar, um lugar lindo, com praia, casas lindas e muita estrutura. Considerada a Búzios chilena. Um dos desejos do grupo era colocar os pés no Pacífico (mais especificamente de Belchior, que cismou que entraria no mar e que era preciso fazer um pedido e pular três ondas). Nunca ouvi falar disso, mas sabe como é, né. A gente não discute com, vocês sabem... RS

Mas, antes fizemos um pit stop no restaurante Felini, delicioso por sinal. Pausa para comermos e, grande parte do grupo, beber bastante! Foi uma farra, com direito a muitos vinhos e cervejas distintas! Existe uma peculiaridade no Chile: não s e pode beber na rua nem no carro. Por isso, nosso grupo recebeu advertência do motorista da van, que não prosseguiu enquanto os “chicos” não entornaram numa talagada só “las cervezas”. Imaginem como ficaram essas almas!

Voltando à parte do mar, paramos na praia principal da cidade para a realização dos desejos da excursão do tio A.X.. Porém uma das recomendações da nossa guia era a de que não poderíamos demorar muito. Belchior e H. saíram correndo como se não houvesse amanhã! Parecia que nunca tinham visto mar na vida. Belchior cumpriu sua promessa pela metade. Colocou os pezinhos na água. Chegou a ficar sem camisa (uma loucura total, pois estava super frio) e depois voltou enxugando os dedinhos com a tolha que H. dela T levou na mochila. Não conseguiu dar os três pulinhos nas ondas, mas me assegurou que fez o pedido.

A turma estava mais animada, mas até aqui tudo normal, como em qualquer viagem que vocês já possam ter feito. É a partir de agora que o show (literalmente falando) vai começar. Estão preparados? Sintam o clima. Querem se ambientar mais? Coloquem uma musiquinha da Lady Gaga para aquecer a mente. RS

Nossa próxima parada foi a Quinta Vergara, uma espécie de parque hoje, mas que antigamente fez parte da ‘quinta’ que começou a cidade. Quando descemos da van, F., A.X., H., L. e H. dela T. já estavam ensaiando o showzinho. Invadiram a dança alheia de umas “chicas” que estavam dançando na porta do parque. Elas ficaram tão assustadas com aquele comportamento insano (imagine que de dentro de uma van saem seis homens loucos dançando – surreal) que chegaram a oferecer o dedinho do meio como recompensa por atrapalharem o seu momento.

Saímos correndo em disparada ao tal do anfiteatro, onde rolam muitos eventos culturais. Realmente a arquitetura é linda, impressionante. Adoramos. Mas os ‘chicos’ não estavam muito aí não. Queriam farra. Quem manda beber no almoço? Resolveram ir ao banheiro e deram um espetaculozinho lá dentro. Cantaram a música que tocava no rádio da tiazinha que tomava conta do local. A senhorinha estava a se distrair numa tarde tranqüila de sábado. As gracinhas mal fizeram xixi e saíram dançando ao som de sei lá quem, pulando e gritando com a braguilha aberta. Lamentável, mas a farra foi tanta que o pessoalzinho da lanchonete ao lado sem entender nada do que acontecia, dava risada e olhava um para cara do outro se perguntando nitidamente “Quem são esses loucos”?

Acabei de me dar conta de que não vou conseguir terminar esse post hoje se contar todos os detalhes desse sábado que só acabou às cinco da matina. Fechando com chave de ouro: depois da gaiatice no banheiro, Belchior, A.X., F., L., H dela T. e H. invadiram a dança de um grupo que estava ensaiando sua coreografia em plena Quinta Vergara. Música: Lady Gaga. Produção: vários meninos e meninas meio metrossexuais, alguns homossexuais, com direito a maquiagem e modelitos apropriados. Invasão: brasileños loucos, que não dançam nada no Brasil (estão mais para coisinha de Jesus) querendo ensiná-los a sambar e jogar capoeira. Dez minutos de apresentação brasileira sem ginga e sem swing algum e o grupo resolveu não dar muita trela, colocar sua música novamente e tentar ensaiar tranquilo. Acharam (coitados) que eles iriam desistir de tamanha loucura.

Luz, câmera, ação. Todos posicionados? Solta o som, DJ!! Convidados surpresas: o time da terrinha e agregados soltando o bailado junto com a galera. Ritmo: nenhum. Alegria: total. Tanto nós, pobres mortais do lado de fora da apresentação, quanto o grupo de chilenos nos acabamos de rir porque no fim de tudo a apresentação foi um sucesso. Os meninos se revelaram. Claro que cada um com sua performance especial. A revelação: F., hermano de Belchior. Que jeito que ele leva para dança! Deveria levar isso mais a sério. Junto com esse grupinho ele passaria despercebido como forasteiro. Era um dançarino nato. E chileno. E exótico.

Em segundo lugar, sempre ele. O cara da viagem!!! A.X. e sua dança do candomblé, com a mistura de todos os ritmos e hits do Brasil e do mundo. Uma performance louca que dá certo em qualquer momento e local. Arrasou! Destaque também para L., o amigo de F., que quando bebe se revela! Fica o cara mais falante e engraçado do universo! Soltou o bailado e dançou como se não houvesse amanhã. H. e H dela T. também foram bem, mas desistiram no meio do caminho. Poderiam ter ido melhor, meninos!

O pior: Belchior. Sinto ter que escrever isso, mas pela primeira vez você perdeu o placo e o foco, amor. Seus pulinhos com o bracinho balançando, parecendo uma avezinha sem saber voar, tadinha, lembrei do Blu, do filme Rio, sofrendo por não saber o básico, não agradaram nem ao público nem a você mesmo. RS Desistiu rápido e ficou tímido com tamanho elenco e performance dos seus companheiros, né. Tá certo, amor, deixe o palco de dança para quem entende!!! Seu palco é de piadas e de cantorias!

Mas, se vocês pensam que as aventuras desse dia acabaram, estão enganados... Cenas do próximo capítulo: a noitada chilena no sábado... Aguardem!

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Excursão do tio A.X. - o 2º dia no Chile


Foi difícil começar o segundo dia da viagem tendo que levantar daquela cama maravilhosa do Sheraton. Sem brincadeira, nunca havia dormido numa cama tão maravilhosa, enorme. Eu e Belchior nem nos encontramos na cama durante a noite. Aquele lençol de algodão egípcio, dois travesseiros enormes para cada um, um edredom fora do normal! Afff! Sabe quando a cama e tudo que tem nela te abraça? Quando chegamos no quarto para dormir havia uma água de cortesia e dois bombons para o casal. Ai que meigo!! RS

Mas, enfim, estávamos no Chile, no nosso segundo dia de viagem e tínhamos que levantar, deixar o cansaço de lado e aquela cama maravilhosa para podermos curtir mais um dia! Tomamos café da manhã, um banquete dos deuses, com direito a salmão e tudo! Aos poucos, a turma foi chegando para sentar conosco e desfrutar desse café da manhã.

Depois disso, nos dirigimos para o centro de Santiago a fim de acharmos um guia para fazermos o city tour e, antes de entrarmos no metrô, parei para comprar uma boina. ‘Hacía mucho frío’ e eu estava congelando, apesar do modelito preparado e caprichado. Do mesmo jeito, H dela T resolveu comprar uma luva que custava 2 mil pesos, uma pechincha. Porém, o dia já havia começado bem para ele que, quando se deu conta, havia deixado 10 mil pesos de ‘la propina’ para a garçonete do hotel no café da manhã, pensando que tinha dado 1 mil pesos!!! Dinheiro no Chile é complicado mesmo, é tudo enorme, grandioso, tudo mil. Para simplificar a conversão, o H. dela T. deu como gorjeta para a menina cerca de uns R$ 40!!! Apenas numa manhã! Claro que todos caíram na sua pele e resolvemos, em comum acordo, não darmos gorjetas mais, afinal o H. dela T. já havia dado gorjetas por todos nós, durante os nossos próximos dias!

‘Llegamos ao cientro’ e começamos uma peregrinação pelo city tour que nos cansou! A única coisa boa foi que nós, as meninas, tivemos a oportunidade de conhecer as lojas de departamento fantásticas do Chile! Falabella, Paris e Ripley são deslumbrantes, fascinantes. Logo me apaixonei por uma maletinha da L’Oreal linda, cheia de frufrus! Mas me contive e deixei para adquirí-la no shopping mais tarde.

Nessa inda e vinda de grupos procurando pelo city tour perdido, nosso mestre e sábio guru A.X., quando estava caminhando com os meninos, acabou se perdendo. Passamos alguns minutos tensos e preocupados com o ‘chico’ perdido, sem telefone e comunicação com a gente! Mas, tio A.X. é mais safo que todos nós e voltou já com o nosso city tour armado! Fechamos os outros passeios com esse pessoal (Valparaíso, Viña Del Mar e Vale Nevado) e fomos felizes para a nossa van, que nos acompanharia por mais dois dias. A pedidos, nossa guia era uma ‘brasileña’, que estava mais para chilena cucaracha, que não falava português direito. Segundo ela, estava há seis anos no Chile e já havia esquecido sua língua nativa! Fala sério. Mas a ‘chica’ era maneira, com um estilo Bob Marley e se chamava Nazalda! Um nome tipicamente nordestino, como suas raízes!

O passeio foi muito bom, nos divertimos horrores, até porque a onda na van era contar piadas o tempo todo. A.X. e Belchior deram um show tão bom, que fizeram até o motorista do nosso tour cair na gargalhada. Mas A.X. joga baixo e ficava lendo no seu Iphone ‘las piaditas’, enquanto os outros pobres mortais ficavam repuxando e inventando de suas memórias as malditas piadas. O auge foi quando Belchior soltou seus clássicos: a do braço mecânico e a outra que fez todos morrerem de rir: o Pinóquio, que morreu queimado ao tocar uma punhetinha. Só Jesus!

Fomos a um lugar lindo, o Cerro de San Cristóbal, onde dava para ver Santiago todo de cima, uma vista incrível. Belchior, sempre ele, cismou que tínhamos que subir no trenzinho chamado Furnicula. Claro que todos mandaram a clássica música: “Furniculi, furniculá, lalalalalala” (não sei a letra) e o trenzinho, com seus outros visitantes, foram cantando em bom coro! Uma alegria só!

Mas, para minha tristeza, Belchior deixou a minha máquina de fotos novinha em folha, linda, rosa Pink, cair no chão e fiquei sem fotinhos... Ainda bem que nossos amigos queridos não nos deixaram a ver navios nos registros memoráveis da nossa viagem. ‘Gracias, chicos’!

Depois do nosso passeio ótimo, fizemos nossa parada final do city tour no shopping famoso da cidade: o Parque Arauco. Uma beleza de centro comercial que deixou a todos de queixo caído. Comemos qualquer coisa em 10 minutos e nos dividimos em grupos de interesse, desesperados pelas compras. Eu e G (minha dupla) só queríamos saber de maquiagem e nos comportamos ‘muy bien’. Mas os meninos enlouqueceram e compraram bastante! Valia a pena, claro! Calça jeans da Ellus por R$100 não tem preço! F. perdeu a linha e comprou um terninho básico da Paco Rabanne, ciroulas dos Simpsons e etc... Acompanhado, é claro, pelo seu parceiro H. dela T. Deve ter sido lindo os dois dormindo no mesmo quarto de cuecas dos Simpsons. RS

Depois dessas horas de comprinhas, nos dirigimos ao Pátio Bellavista, um complexo de bares e restaurantes muito legal! Para começar a brincadeira, Belchior parou o centro comercial ao fazer uma pose linda para uma foto: se colocava atrás de uma estátua de vaca (acho que era isso), simulando uma comidinha básica (no sentido conotativo da palavra mesmo). O melhor foi a sua cara de quem estava tendo um prazer inenarrável! Cruz credo! Fingi que nem conhecia e me retirei de fininho da cena...

Antes de irmos ao nosso destino final, F., hermano de Belchior, pediu uma mesa para 50 paraguaios num bar e saiu gritando, indignado, que a recusa em providenciar a mesa era preconceito con 'los paraguayos'! Como assim o bar não quis arrumar mesa para nós, os 50 paraguaios? Rsrsrs

Decidimos, então, ir para um pub chamado Dublin, que rolava uma ótima música e tinha um cardápio recheado de bebidas. Imaginem a festa, né? Tivemos várias performances de danças (detalhe que só nós dançávamos), com direito ao bailado louco e desvairado do A.X., que parecia que pegava algum tipo de santo, à imitação perfeita do F. da garça do Rui dos Normais, que parou o pub. Até os chilenos e outros clientes se renderam à loucura e expressaram suas gargalhadas. Alguém duvida que paramos o lugar com isso tudo? Os loucos ainda colocaram uma garrafa de proseco na nossa mesa, fizemos brinde com o nosso grito de guerra da excursão “Chi Chi Chi Le Le Le, Viva Chile”!!!

Também tivemos Belchior e sua aptidão de fazer amizades, logo se integrando a um grupo de homens (não sei se eram de lá). Ele passou mais de uma hora conversando (deve ter sido em portunhol, inglês e quem sabe aramaico) com os caras e, no final, deu aquele abraço nos ‘chicos’ tipicamente brasileiro.

Mais uma vez, foi difícil convencer esse povo de que precisávamos ir embora. Já eram quase 3 da matina e no dia seguinte tínhamos outro passeio agendado cedo! Depois de horas de saideira, F. continuou sua jornada de pegar alguma mulher e nós fomos para o hotel... Afinal, amanhã seria o nosso terceiro dia de viagem ...

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Excursão do tio A.X. - o 1º dia no Chile


A coisa aconteceu assim, de repente, do nada. Tivemos a oportunidade de passar uns dias em Bariloche. Tudo veio planejado pelo tio A.X. Consegui pegar uns dias no trabalho, Belchior também, e fechamos a viagem. Mas, o nosso amigo vulcão cancelou todos os vôos para o local e tivemos, para nossa sorte e felicidade, que ‘cambiar’ para o Chile. Começo de uma longa, divertida e indescritível viagem!

Esse primeiro post vai contar a história do nosso primeiro dia no Chile, que foi recheado de loucuras e diversão. A começar pela trupe. Sem sacanagem, não dá para não se divertir com essa turma da terrinha. Sente só: comandante A.X. e sua senhora S.; Casadona e Belchior; H. e sua irmã G.; F., irmão de Belchior e H. dela T. Só com esses integrantes já rolava um filme. Ainda tivemos a presença do casal M. e L. e L. e L., amigos de F. irmão de Belchior.

A nossa viagem começou às quatro da manhã do dia 4 de agosto, quando nos encontramos no aeroporto. Nosso vôo até São Paulo era às seis da matina e de lá, todos seguiriam na TAM direto, menos eu, Belchior e o casal M. e L. Infelizmente teríamos que nos separar do grupo de excursão do tio A.X. Nós iríamos de LAM, chegando 30 minutos depois do pessoal. Chegamos em São Paulo cantando a musiquinha ensinada pelo nosso mestre e guia da excursão: “é, é, é, excursão do tio A.X.”.

Enfim, cada um pegou seu rumo e nós quatro saímos em busca da nossa conexão. Resumindo a confusão de um disse me disse louco da cia aérea: entramos no embarque errado e quando eu Belchior estávamos finalizando as nossas compras de encomendas no free shop, faltando 30 minutos para o embarque, descobrimos que teríamos que atravessar o mundo, fazer chek in de novo e quem sabe ainda pegar o nosso vôo. O homenzinho da TAM dizia, vocês vão perder essas compras. Não vão poder passar pela PF com isso. Era um tal de Belchior enfiar as bolsas na mala de mão, apertar com o pé, fazendo isso ao mesmo tempo que corria.

Quando chegamos ao balcão da LAM, a mulherzinha foi enfática: “vocês perderam o vôo”. Ahahaha, quase morremos! Eu na sabia se chorava, gritava ou esperneava. Optei por dizer simplesmente que iríamos embarcar sim e de qualquer jeito. Ela, com a doçura e simpatia natural de quem trabalha nas cias aéreas me respondeu: “Quer embarcar? Então, corra”! Foi o que fizemos sem pestanejar. Corremos horrores, parecia cena de filme. “Dá licença, dá licença, vamos perder o nosso vôo”. Depois de 10 minutos correndo e rezando sem parar, entramos no avião faltando 5 minutos para decolar. M., amiga da S., quando chegou no avião se debulhou em lágrimas. E eu só pensava em como seria se tivéssemos perdido o vôo. Com o coração a 200 por hora, sentamos e começamos a nossa viagem. Agradeci a Deus e às minhas pernas, treinadas no ergopilates! rs

Enfim, depois de quatro horas no ar, chegamos a Santiago e encontramos com o resto do povo. Contamos a nossa peripécia, todos incrédulos, e também soubemos que o doctor A.X. havia tomado 10 latinhas de cerveja, tinha zuado todo mundo durante a viagem e depois, quando estava quase chegando ao destino, morgou em sono profundo. Brincadeira, hein, tio A.X! RS

Bem, seguimos rumo ao nosso hotel e estava tão frio, tão frio, que dava para congelar o nariz se você desse mole. Chegamos ao Sheraton e mal pudemos acreditar que ficaríamos 6 dias hospedados naquele lugar de sonhos. Sem brincadeira, um luxo absurdo. Todos encantados, cada um pegou sua ‘targeta’ do quarto e foi deixar as malas. Quando eu e Belchior entramos no nosso 'quartito', eu já estava há uns 5 minutos de queixo caído, quando ele manda a pérola: “É bonito, né, mas, sinceramente, não é o tipo de luxo que eu gosto”. Como assim, cara pálida??? O hotel 5 estrelas mais foda, um luxo clássico absurdo e ele diz isso? Ai meus sais!! Belchior puro no palito!

Uma hora depois, com todos reunidos no saguão (um dos problemas foi esse, agregar todos, era sempre um problema rsrsr), saímos em busca do nosso almoço / janta no mercado municipal. Fomos de metrô e, aqui, vou te falar, que metrô do inferno, cara. Fomos literalmente massacrados, empurrados. O vagão parecia o trem Central do Brasil. As pessoas sem o mínimo de cuidado e educação também. Eu, no alto dos meus 1,59, sofri, quase sem ar. Mas, tudo bem, faz parte. Tudo vale a pena se a alma não é pequena e chegamos ao nosso destino com êxito.

O mercado municipal já estava quase ‘cerrado’ e encontramos a indicação de melhor restaurante de lá, o Donde Augusto, ainda aberto. ‘Gracias’! Já estávamos há mais de 14 horas no ar, sem almoçar e sem dormir. Uma loucura. Enquanto uns só queriam saber de comer, outros (Belchior, ‘suyo hermano’, A.X. e etc) só se preocupavam com a bebida. RS Comentário de Belchior: “Aqui eles servem igual na Bahia. Companheiro, pode trazer meu vinho logo”? Pedimos uma Centolla enorme, digna de várias fotografias, e a devoramos em poucos minutos. Belchior não comeu nada, a não ser o pãozinho servido de cortesia, e devorou uma ou duas garrafas de vinho. Já ‘no me acuerdo’. rs

Devidamente comidos e bebidos, o grupo mais animado do Chile saiu em busca de uma diversão noturna. Pegamos novamente o metrô e iríamos para o nosso bairro, berço de muitos pubs, bares e restaurantes. Ouvimos um burburinho de que estava acontecendo um protesto pela educação chilena, que muitas famílias estavam fazendo panelaço na rua. Segundo informações, a educação chilena é a mais cara do mundo. Bem, seguíamos felizes e animados, até mesmo porque o metrô estava mais tranqüilo do que na ida, quando, de repente, começamos a sentir um cheiro estranho dentro do vagão. Alguns segundos se passaram e todos começaram a tossir desesperadamente, um ardor forte na garganta, uma confusão sem sabermos o que era aquilo. Belchior cantou a pedra: “Isso é gás de pimenta, gás de pimenta”! Só sei que num surto generalizado, assim que a porta da estação, que não era a nossa, se abriu, saímos em bando, desesperados e intoxicados. Estávamos participando indiretamente de ‘la revolución chilena por la educacion’! E era sim, gás de pimenta, que foi jogado nas estações de metrô. Afff!

Quando todos estavam se sentindo melhores, entramos novamente no vagão, um cheiro e gosto mais brandos de gás de pimenta, e seguimos rumo ao nosso próximo point: The Phone Box Pub. Esse pub estava indicado no nosso livro de bolso de viagem, o guia 4 rodas do Chile, da nossa bem preparada e parceira mais fofa da viagem G. O lugar era super maneiro, ia rolar um show de rock, cheio de velinhas nas mesas, aconchegante, quentinho (essencial para o momento), com várias bebidas. Tudo que precisávamos. Sentamos numa mesa enorme, com 10 lugares e desce ‘cerveza’, ‘viño’ e coca-cola para todos!

Bebida vai, bebida vem e surgiu um mágico chileno que nos fez participar de uns sete truques dele. A performance foi legal, os meninos sempre desafiando-no e ele sempre dando um show. Até que chegou ao fim e tivemos que dar ‘la propina’. Quem chamou o mágico mesmo, F., na hora H, saiu e Belchior e H. sacaram 'la granita' para pagar! Mas foi merecido.

Bebida vai, bebida vem, bebida vem de novo e a galera já louca começa a fazer uma ‘mierdita’ em território internacional. Tio A.X. começa a brincar com fogo e queima um ‘papelzito’ com a senha do wifi do pub, jogando-o no cinzeiro. Aquela chama bonita queimando e H., já sem noção, simplesmente, assopra o papel que começa a queimar na mesa. Todos bêbados e sem reação. Mas o garçom vem correndo, nos dá um esporro fenomenal e apaga bravamente as chamas. Sentimos na nossa pele de lontra que nossa hora já tinha chegado, a hora de partir. Pedimos a conta, mas F., incansável, queria continuar ali. Até porque ele estava chegando em todas as garçonetes e queria internacionalizar sua língua o quanto antes! H. dela T. também ficaria. No fim, H., o assoprador de fogo, também resolveu ficar para tomar a saideira, como é de praxe.

Voltamos a pé pelas ruas de Santiago doidos por uma boa noite de sono sem saber que os meninos voltariam minutos depois de nós. A explicação foi simples: eles não puderam continuar no bar depois do fogo. Foram convidados a se retirar. Belas histórias para o primeiro dia de viagem. Ainda restavam mais cinco...

terça-feira, 12 de julho de 2011

Obra, no te quiero más!



Toda vez que me comprometo a ter mais assiduidade para escrever aqui no blog minha vida dá uma reviravolta e sempre me envolvo com várias empreitadas. Com o trabalho, então, nem se fala. Fico sempre no mesmo papinho que já virou furado e me sentindo bastante endividada com os caros apreciadores deste conglomerado de muitas ideias e infinitas histórias bizarras belchiorianas.


Porém, contudo, todavia, admito que andei falhando feio, de verdade. Mas foi por uma boa causa, justa e perfeitamente inteligível. Estive às voltas, enrolada, totalmente em curto e em alma com a obra da sala nova da minha empresa, tarefa que abracei como se fosse a minha casa e, depois de um mês, dá gosto de ver. Hoje, porém, mais calma, cheia de olheiras e mais magra (o melhor ponto da obra), equilibrada e feliz, sinto-me preparada para hablar e abrir meu coração neste momento de minha life.


Como tudo na vida, nem tudo foram flores nestes dias e padeci de paciência, memória e jogo de cintura. Comi poeira, gesso, deitei no chão nojento de sujo, li livro em meio ao barulho de uma turbina de avião quebrando a parede, sentei durante dias e longas horas em cima de um latão de tinta, sujei várias roupas de amarelo, pulei corda às 23:30 de uma quarta-feira na sala vazia, com o banheiro vazando e o bombeiro hidráulico tentando resolver a questão há seis horas e sem sucesso, fiquei surda e louca com o barulho do chão sendo lixado, subi e desci do prédio para a lojinha do seu Ribeiro umas 200 vezes (não é exagero), fiquei amiga do porteiro (pagando R$ 20 do lanche), negociei entulho, diária de peão, táxi para Nikiti a preço fechado, servi coca-cola para o pessoal, cafezinho e água, limpei o chão, o banheiro, fiz xixi no vaso interditado com 50 mil xixis e aquele cheiro insuportável, fiquei feliz, triste, cansada, com energia, devo ter bebido uns 20 Red Bulls, quase um por dia.


Fui boy, administradora, decoradora, faxineira, empilhadeira, servente, ‘patroa’, mestre de obras, empregada, diretora. Sou alérgica e no auge do estresse, quem diria, meu alergista se orgulharia, não dei um espirro, não tive uma crise. Passei tardes e noites sentada num canto escuro da sala, com meu radinho de pilha me fazendo cia, em cima de uma banqueta suja, sem encosto nas costas, e a tensão e tédio de um sem fim de obra deixaram as minhas horas e músculos doloridos menos desgastados.


Virei noite, virei dia, passei todos os últimos fins de semana sem sair, vindo para a obra e acompanhando cada joelho, fio, conexão, ráfia, gesso, cimento, pastilha, fita isolante, balde, trincha, ligação elétrica, parafuso, cimento, grimpagem, passa fio, rejunte, luminária, mudança, cadeira, nova mesa, sinteko, rodapé, contas, orçamentos.


No fim, Deus sempre ajuda a quem trabalha, cada dia é um dia e, assim como Capitão Nascimento nos ensinou perfeitamente, missão dada é missão cumprida. Desculpe-me, meus bons apreciadores, pela falha e falta de tempo, mas chegou ao fim, pelo menos na maior parte, a minha missão da nova sala e, como uma boa política da velha guarda, mantenho a minha promessa de que VOU ESCREVER COM MAIS FREQUÊNCIA. VOCÊS VERÃO!!!


Também me comprometo, com uma promessa particular e pessoal, a dormir mais, perder as olheiras conquistadas de forma espetacular em um mês, ter mais tempo para mim mesma, voltar a ler livros, a sair mais com o maridão, a encontrar os amigos e voltar à vida, né, povo! Obra, no te quiero más!

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Dicas para um relacionamento mais feliz!





A semana passou rápida e cá estou eu, conforme prometido a mim mesma de tentar escrever sempre aqui, deixando para vocês mais algumas prosas em alma, versos em prosas e dividindo pensamentos!


Para celebrar a semana do amor, às vésperas do Dia dos Namorados, vale a pena dar uma conferida numas diquinhas básicas para os casais apaixonados que gostariam de ter um relacionamento mais saudável e harmonioso. Fruto do final da entrevista que publiquei aqui no começo da semana!


Feliz Dia dos Namorados a todos!!!


Dicas para um relacionamento mais harmonioso




  • Sem dúvida, tentar olhar mais para suas dificuldades do que as do outro.


  • Tentar transformar queixas em pedidos de desejos.

  • Não permitir que a sedução e amor erótico sejam trancafiados na rotina.

  • Darem-se espaços exclusivos, sem filhos.

  • Fazer uma ponte da saída do trabalho para o encontro com o outro

  • Fazerem-se especiais um para o outro.

  • Despertar da ilusão do amor romântico.

  • Discutir menos relação e desistir de mudar o outro. Quem muda a si mesmo convida o outro a mudar.

  • Diálogos breves e mais objetivos sobre a relação.

  • Comunicar o que espera e não desejar que o outro adivinhe como sinal de intensidade de amor.

  • Mais solidariedade e escuta.


segunda-feira, 6 de junho de 2011

O amor está no ar - Dois anos de missão cumprida e amada!


Estou há bastante tempo sem escrever aqui, mas perdoem-me pela falta de tempo e não de ideias. Um mea culpa básico, mas, please, não desistam deste humilde blog que mistura humor, histórias reais e muita doideira. Bem, junho chegou e, com ele, algumas lembranças: umas fortes e tristes, outras lindas e felizes. Neste mês faz 3 anos que minha mãe faleceu, dez anos que meu avô, pai dela, se foi. Mas também é o mês do aniversário de Belchior, de nosso casamento e, claro, do Dia dos Namorados.

Então, vendo flores e amor neste mês, resolvi compartilhar uma entrevista interessante que acabei de fazer para o jornalzinho mensal de ums dos empreendimentos que atendo. Fugindo ao convencional das matérias que falam só de amor romântico, de programas para a data dos namorados e blábláblá, resolvi procurar uma especialista em relacionamentos e perguntar sobre como andam as relações amorosas hoje. Vamos pensar um pouquinho também, né?! O resultado, vocês poderão saborear agora e, quem sabe, tirar alguma coisa especial dos belos e sábios olhares e percepções da Dra Ana Maria Zampiere.

Não poderia deixar de, claro, fazer minha homenagem ao cara que soube me devolver a alegria de viver e de expressar meu amor e satisfação de estar casada há dois anos com essa figura maravilhosa, louca, gaiata, linda, amorosa e emotiva que é meu Belchior! Vida longa ao nosso casamento, querido! E um lindo Dia dos Namorados para todos! Pensem, reflitam, façam um dia diferente com seus companheiros e não deixem de surpreender nunca.

Como andam os relaciomentos amorosos hoje?

Quais são os principais conflitos hoje que existem na relação a dois?

AMZ: Hoje temos um alto índice de conflitos. Os mais frequentes, em minhas pesquisas e prática clínica são: o estresse da vida profissional e a falta de harmonização entre carreira e vida amorosa e familiar; falta de investimento na vida amorosa e sexual de um tempo de namoro e/ou casamento; o poder profissional que desencadeia a infidelidade sexual e/ou amorosa; a falta de limites colocados nos filhos, o que depois leva a um “filhiarcado” e deixa os pais sentirem-se impotentes e em segundo plano; divergências ideológicas quanto à cultura de gênero, especialmente quando a mulher é mais bem sucedida profissional e financeiramente; violência por agressões verbais e morais; a falta de intimidade com homens, especialmente os super envolvidos no trabalho; a transmissão de doenças sexuais, como HIV e HPV, por infidelidade sexual; a intromissão das famílias de origem na vida do casal; uso abusivo do álcool; dificuldades de cuidar da própria saúde; esposas que se comportam mais como mães do que como parceiras e amantes; dificuldades e temores da maternidade e paternidade tardia.

O que os casais estão buscando nos relacionamentos atuais?

AMZ: Uma dança mais harmônica entre os amores EROS (sexo e paixão), FILO (amizade, parceria, cumplicidade) e ÁGHAPE (projetos comuns de vida sem ameaças aos individuais)

Os relacionamentos estão cada vez mais sólidos, conforme as estatísticas estão demonstrando com a valorização do casamento na Igreja, na união formal e no investimento em grandes celebrações?

AMZ: Sim, há uma tendência a democracia nas relações de poder, mesmo em casais homossexuais, sem grandes polaridades de gênero, pais mais participativos, homens mais desenvolvidos para falar de suas emoções. Percebo uma exigência menor de grandes rituais para iniciar a vida a dois: atualmente, mais jovens moram juntos primeiro e depois decidem casar ou não formalmente. Uma tendência a valorizar a qualidade da sexualidade mais aberta e em processo de intimidade com a mesma parceira.

A procura por tratamentos de casais com terapias tem aumentado nos últimos anos? Isso seria reflexo de uma busca por equilíbrio e ajuda mais profissional ou seria reflexo do aumento de sintomas de vulnerabilidade e insegurança dos casais de hoje?

AMZ: Sim. Houve uma desmistificação da terapia como sinal de pessoas em fracasso para sinal de pessoas em busca de crescimento. O reconhecimento dos estresses da vida moderna e na metrópole e das próprias vulnerabilidades aumenta a capacidade de resilência (sair de crises com mais força e energia). Dizemos que, quanto mais um casal pode enxergar suas dificuldades como indivíduos, sem basear-se em críticas, aumenta a força do relacionamento e do prazer de crescerem juntos.

A senhora poderia nos passar uma percepção, como especialista, sobre como estão os relacionamentos atualmente?

AMZ: Os modernos, mais equilibrados no poder, com mais parceria na luta pela vida em todos os aspectos. Há um inimigo mais forte, todavia, que é o estresse, que diminui a libido e pode aumentar as doenças, como pânicos, medos de violência e etc.

Poderia nos passar alguns conselhos para os casais neste Dia dos Namorados?

AMZ: Espero que as pessoas desejem estar inteiras nas suas relações com o outro. Não esperem que o outro seja a sua metade, mas uma parceria que amplifica o viver bem, a vida e cada momento dela. Desistam de hiper valorizar o passado negativo e o futuro, que traz ansiedade. Valorizem cada dia, cada momento presente e sejam felizes!