Tínhamos um casamento em que éramos padrinhos. Grandes amigos dele, que se tornaram meus também de tabela. Eu já sabia que Belchior não passaria impunemente ao casório. Até porque o casal nasceu debaixo de suas asas, todos eram seus amigos de faculdade e ele tinha total liberdade. Sentir-se-ia em casa (escrevi lindo agora, hein). E aí mora o perigo.
Até que na Igreja ele se comportou. Não chegou atrasado e deixou a noiva esperando (como fez da última vez em que fomos padrinhos e a noiva, sua amiga, estava apavorada com essa possibilidade). Mas, já na Igreja ele dava indícios de que a cobra ia fumar. Puxou os aplausos finais, mandou a irmã do noivo rir alto (uma característica clássica dela). Falou alto, bateu palma, cantou, se emocionou. Isso tudo na frente do padre! Porém, a festa é a festa, né, gente...
Belchior chegou na boa e ficou só no proseco. Prosequinho, como ele gosta de chamar. Taça vai, taça vem. Mas, Belchior, que não é bobo não, já havia bebido umas três ou quatro ou cinco latinhas antes de entrar na Igreja. Afinal, chegamos no fim do outro casamento... Tempo perdido é tempo de beber...Eu tinha que compreendê-lo!
No meio da festa, ele começou a dançar freneticamente. Tivemos uma surpresa ótima. Uma bateria de escola de samba deu o ar da graça e do requebrado. Fomos para frente do palco, sambamos, descemos até o chão, mas eu já sentia o cheiro de show no ar.
O puxador estava em cima do palco e demorou apenas alguns minutos para Belchior se juntar a ele! Ficou cantando no cangote do cara, pedindo para cantar. E o puxador levando o samba, sendo atormentado por ele. Claro que ninguém resiste aos seus encantos e insistência e logo ele estava cantando junto com o cara, levando o samba no gogó. Outros companheiros subiram também e tudo virou uma festa ainda maior.
Após o espetáculo carnavalesco, que muito me diverti e sambei, já completamente despida de pudores e descalça (a única da festa, detalhe), começou a rolar um clima de sertanejo universitário no ar. Ai meus sais! Era a chave, era a senha, era a chamada final!!!
Belchior, mais uma vez, subiu aos céus de sua glória, pegou o microfone, mandou o cara do som ligá-lo e deu seu show! Cantou três músicas seguidas num estilo playback, jogou flores para mim. Tinha um legado de fãs pulando e cantando, seus bons e velhos amigos da terrinha e da faculdade, que estão mais do que acostumados com sua performance. Todos cantavam e aplaudiam Belchior.
Para fechar com chave de ouro e soltar o grito engasgado da festa à fantasia, em que não pôde cantar o hino do carnaval da terrinha, Belchior puxou o clássico dos clássicos, levando seus fãs (até mesmo a mais inesperada, que dançava feito uma galinha literalmente):
“O bicho vai pegar e eu não to nem ai. Na CPI do Amor, meu passarinho vai subir”
Até os noivos subiram ao palco, fechando com muita honradez o grande show de Belchior. Salve simpatia, cara de pau e alegria!
Até que na Igreja ele se comportou. Não chegou atrasado e deixou a noiva esperando (como fez da última vez em que fomos padrinhos e a noiva, sua amiga, estava apavorada com essa possibilidade). Mas, já na Igreja ele dava indícios de que a cobra ia fumar. Puxou os aplausos finais, mandou a irmã do noivo rir alto (uma característica clássica dela). Falou alto, bateu palma, cantou, se emocionou. Isso tudo na frente do padre! Porém, a festa é a festa, né, gente...
Belchior chegou na boa e ficou só no proseco. Prosequinho, como ele gosta de chamar. Taça vai, taça vem. Mas, Belchior, que não é bobo não, já havia bebido umas três ou quatro ou cinco latinhas antes de entrar na Igreja. Afinal, chegamos no fim do outro casamento... Tempo perdido é tempo de beber...Eu tinha que compreendê-lo!
No meio da festa, ele começou a dançar freneticamente. Tivemos uma surpresa ótima. Uma bateria de escola de samba deu o ar da graça e do requebrado. Fomos para frente do palco, sambamos, descemos até o chão, mas eu já sentia o cheiro de show no ar.
O puxador estava em cima do palco e demorou apenas alguns minutos para Belchior se juntar a ele! Ficou cantando no cangote do cara, pedindo para cantar. E o puxador levando o samba, sendo atormentado por ele. Claro que ninguém resiste aos seus encantos e insistência e logo ele estava cantando junto com o cara, levando o samba no gogó. Outros companheiros subiram também e tudo virou uma festa ainda maior.
Após o espetáculo carnavalesco, que muito me diverti e sambei, já completamente despida de pudores e descalça (a única da festa, detalhe), começou a rolar um clima de sertanejo universitário no ar. Ai meus sais! Era a chave, era a senha, era a chamada final!!!
Belchior, mais uma vez, subiu aos céus de sua glória, pegou o microfone, mandou o cara do som ligá-lo e deu seu show! Cantou três músicas seguidas num estilo playback, jogou flores para mim. Tinha um legado de fãs pulando e cantando, seus bons e velhos amigos da terrinha e da faculdade, que estão mais do que acostumados com sua performance. Todos cantavam e aplaudiam Belchior.
Para fechar com chave de ouro e soltar o grito engasgado da festa à fantasia, em que não pôde cantar o hino do carnaval da terrinha, Belchior puxou o clássico dos clássicos, levando seus fãs (até mesmo a mais inesperada, que dançava feito uma galinha literalmente):
“O bicho vai pegar e eu não to nem ai. Na CPI do Amor, meu passarinho vai subir”
Até os noivos subiram ao palco, fechando com muita honradez o grande show de Belchior. Salve simpatia, cara de pau e alegria!