segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Belchior e a Festa à Fantasia


Desculpem pela demora em atualizar isso aqui, mas tive alguns probleminhas que me deixaram sem tempo e sem saco de escrever esses dias. Para quem escreve é importante estar em sintonia com a alma e o humor e, definitivamente, não estava nos meus melhores dias. Vovó ficou doente e isso acabou comigo. Agora que ela está se recuperando, ainda no hospital, já me animei mais um pouco para detalhar aqui mais algumas doses de Belchior na veia.

Há duas semanas rolou a ‘Terrinha Fantasy’, festa tradicional da cidade e que eu nunca tinha ido. Resolvemos em cima da hora e, claro, improvisei uma fantasia meio sem graça, mas que deu para curtir. Fui de Coco Chanel. Na verdade, queria ir de par com Belchior, mas não conseguimos improvisar nada.

Belchior resolveu ir de piru, isso mesmo, de órgão genital masculino, mas ela já havia ido dois anos antes. Como foi um sucesso, ele repetiu a dose. Pediu ao pai para pegar no hospital um soro, misturou com leite e um cateter, colocou na cabeça de camisinha e, na medida que ele queria, apertava o soro e saia pelo cateter na cabeça. O piru jorrava leitinho e ele ainda pediu para as pessoas esfregarem a cabeça dele!! O piru e a Coco Chanel, bailando pela festa. É cômico, se não fosse triste....rs

O problema é que Belchior não consegue passar impune e seus instintos artísticos sempre falam mais alto. A festa tinha vários ambientes e em dois deles havia shows, com cantores da terrinha, que ele conhecia. As primeiras tentativas foram na parte da noite Flashback. O cantor havia estudado com Belchior e ele achou que, com isso, teria mais chance de subir ao palco e cantar. Despois de muita insistência, de tentativas frustradas (ele chegou a pegar o microfone, mas tiraram o som), Belchior se irritou e a gente foi explorar outras áreas da festa. Quem sabe assim ele não teria mais sucesso?

No ginásio do clube nem adiantava tentar. Era show da grandiosa cantora Perla. Claro que passamos lá para curtir o show, mas nem com muita reza forte dava para aguentar. Acho que foi um dos piores shows que já vi, com uma cantoras péssima e nem a sua música mais consagrada “tirapturu, tirapturu, ohaaaaaaaaaaa”, que eu queria ouvir, salvou. Não ficamos nem 15 minutos.

Do outro lado do clube e bem mais tranqüilo, rolava um show de pop rock do cantor consagrado na terrinha, o Rubinho. O show estava muito bom e dançamos bastante. Aos poucos fomos nos aproximando do palco e, numa música que Belchior consagra como sua trilha sonora – “Mais uma dose, é claro que eu estou afim. A noite nunca tem fim” – ele não se conteve e subiu ao palco!

O Rubinho não se incomodou em nada, mas o microfone que estava sobrando estava desligado e, apesar de toda performance do meu marido, nem um grunhido saía de sua cantoria. Mas o auge da decepção do Belchior foi porque o Rubinho, cantor que eles tanto gostam, negou suas origens. Belchior e D., que a esta altura também estava no palco, queriam que ele cantasse a música que consagrou o carnaval da terrinha. Música esta de autoria do Rubinho. Que ele não queria cantar. Ora bolas, como não querer cantar uma música tão bela no meio da festa? Segue o refrão para vocês conferirem:

“O bicho vai pegar e eu não to nem ai. Na CPI do Amor, meu passarinho vai subir”

Até eu subi no palco para tentar sensibilizar Rubinho, mas não rolou e descemos desolados. Bem, era hora de partir e fomos embora da festa, o piru quase caindo e a Chanel segurando o piru até chegar em casa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário