terça-feira, 17 de maio de 2011

Certo ou errado? Viva la vida e descubra!







Acabei de receber um e-mail com um texto fantástico. Aliás, um texto que está nas nossas mentes, mas dificilmente conseguimos colocar em prática. O título é “Posso errar?”, da jornalista Leila Ferreira, que vai lançar um livro em breve. Nada demais, porém tudo de muito. Sim, nada de surpresas com meu linguajar confuso, mas nossas cabeças são confusas de natureza e o que eu quero dizer aqui é o seguinte: “podemos errar? A gente se permite errar de verdade? O que é certo? E para quem é certo?


Não pensem que será dessa vez que vocês vão me ver realmente surtar, ainda mais depois de escrever esse bando de coisas sem nexo acima e, embora eu já o tenha feito algumas vezes (surtar e escrever e vice-versa RS), discretamente e só no meu mundinho, o que quero expor aqui é simples. E ao mesmo tempo complexo. RS


A gente passa uma vida inteira correndo atrás das coisas certas, de estudarmos e sermos certinhos na escola, de acertarmos ao escolhermos a profissão, de batalharmos de modo certo para termos sucesso na vida, de sermos corretos em nossas condutas, de termos uma vida certa para irmos para o céu. Ok, isso é muito bom, muito legal. E não quero que pensem que, de forma alguma isso não é o que espero nem o que busco. Mas, às vezes, perdemos o foco da vida se só pensarmos em fazermos tudo como manda o figurino, como mandam as regras, os ensinamentos.


Passei a minha vida toda correndo atrás deste sonho de ser a certinha, de ter tudo certinho e, apesar de ter me saído super bem em várias coisas e ter orgulho disso, às vezes eu me comporto como uma curva fora da reta. E me permito. Sem culpa. Sim, gente, sentirmos culpa de vez em quando é bom, realizamos sonhos sem pensarmos muito, de vez em quando é ótimo, desapegar das virtudes e regras de vez em quando é fundamental!


Tenho aprendido a, cada vez mais, deixar as coisas fluírem, sem ter muitas rédeas, ficar muito presa. E não digo isso das coisas complexas da vida não! Para as decisões difíceis, para os momentos complicados, sempre sobram várias doses de certezas e pé no chão. Para as coisas mais relaxes, permito-me deixar fluir.


Exemplos básicos, mas que mudaram minha vida. Sem exagero. Se a casa está vazia, com a despensa sentindo frio e fome (RS), vou comer na rua! Quando tiver afim, vou ao supermercado. Odeio fazer compras e isso me consumia. É sério. Hoje vou quando quero, quando dá! Sem culpa. Sem medo. Tá certo? Não sei? Tá errado? Sei não.


Na minha última viagem surtei de verdade. Nunca tinha comprado tanto, tantas coisas para mim mesma, de uma só vez. Sempre fui daquelas que, para realizar seus sonhos, precisava fazer malabarismos, economizar daqui, tirar de lá, não beber no almoço, vender o ticket, nunca ficar endividada numa tacada só. Nunca havia me permitido comprar muitas coisas ao mesmo tempo, ter aqueles surtos de mulherzinha e parcelar tudo no cartão! Achava o máximo, coisa de filme (RS), mas nunca tive esta coragem.


Então, meus caros, eis que chegou minha hora! Permiti-me viver, sim senhores!! Gostei? Comprei! Maquiagem (vou aprender essa porra), manda ver aí tudo da MAC!! Virei maquiadora profissional!! Comprei a bolsa que queria, o óculos de marca, o relógio que amei, as blusinhas, comi nos melhores lugares, fiz todos os passeios e tudo mais que me foi permitido!! Claro que, agora, ficarei com as rédeas seguras até o meio do ano. Mas não tive as minhas claras crises de depressão pós-compra! RS


Viajamos, curtimos, saímos da normalidade, fizemos a curva. Pisaremos no freio por um tempinho, mas estamos felizes! Brindamos a vida, ao vinho barato (RS), ao amor, a vida. Ninguém morre por ficar um tempinho negativo do banco! Ok, isso não será uma regra, não deixarei de ser íntegra, correta, de me preocupar com as contas, com a vida, por causa de umas loucurinhas. Grite, saia de si, cante. Tenho feito isso e tem dado certo! Seguro-me nas minhas próprias fraquezas e não me cobro tanto mais. É certo ser assim ou assado? Quem saberá? O importante, para mim, é estar bem.


Mudei minha rotina, meus hábitos. Descobri um lindo jeito de praticar atividade física (coisa que sempre detestei). Acordo cedo feliz. Vai entender. Acho que olhar a vida de um modo diferente nos faz reviver. Sei lá, sabe-se lá Deus os motivos que hoje penso tão diferente do que antes. E sou mais feliz assim. Que a vida me permita saborear cada um dos seus encantados percalços e que a gente consiga, enfim, viver. De verdade. Sem cobrança, de leve. Seja você mesmo, permita-se e viva feliz. Com você mesmo, acima de tudo. Certos ou errados, o importante é aprendermos, errando, acertando, hoje e sempre, amém!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

O amor expresso em prosa!




Passei esses dias com muita vontade de escrever aqui e dividir com vocês a minha ‘alma em prosa’, mas, ao mesmo, relutei durante esse tempo pensando no que poderia relatar no blog! Eu tenho vários assuntos para abordar, mas não poderia deixar de abrir um pouco o coração sobre essa data especial que está chegando e, claro, está mexendo muito comigo. Não resisti às minhas próprias tentativas de subornar meus sentimentos e cá estou eu, em mais um ano, escrevendo sobre o Dia das Mães.

Com um gostinho ainda mais triste e cinco doses a mais de lamento, este ano será muito significativo para, de uma vez, aprender a lidar com a minha saudade e com todos os olhos, ouvidos e preparativos voltados para comemorar o Dia das Mães. Acho que, nesta semana, uma estrada vazia imensa se abriu no meu coração por ter perdidos todos os meus parâmetros de maternidade, de amor incondicional, de saudade, de carinho. O coração aperta quando, em volta e por todos os lados, vejo pessoas comprarem presentes, traçarem planos de comemorações, pensarem em como podem retribuir, ainda que de uma forma singela, agradecendo a essas pessoinhas lindas que tiveram a coragem e o amor necessários para nos colocar no mundo.

Em junho faz 3 anos que perdi a minha mãezinha. O amor da minha vida. Foi assim, repentinamente, de uma hora para outra, que fiquei sem meu chão, meu tudo, sem meu norte. Minha mãe, aquela guerreirona de todas as horas e batalhas, que tanto lutou e nos ensinou a viver, partiu. E eu fiquei ainda mais desesperada, pois se soubesse que, naquele dia que saí de casa para trabalhar, preocupada, com o coração apertado, seria meu último dia na cia dela, que poderia receber seu último abraço, beijo e todo carinho, não teria saído. Teria me trancado em casa e aproveitado todos os minutos possíveis...

Sei que essas lamentações não vão trazê-la de volta, nem mesmo vão representar algo significativo nessa altura do campeonato. Só mesmo a culpa, tristeza e saudade, inerentes a qualquer situação daquele momento. Infelizmente, não pude dar o adeus à minha rainha e essa dorzinha me perseguirá para o resto dos meus dias...

Dois anos e meio depois, aquela que ficou aqui na Terra para nos acalentar, minha avó querida, também lutou bravamente, mas nos deixou, arrombando ainda mais a nossa saudade e me deixando a ver navios com todo amor e sentimento que carrego. Mais uma perda. Porém, mais uma vidinha que cumpriu sua missão.

Lamentações a parte, estou escrevendo aqui, relembrando esses momentos de tristeza, remexendo nas minhas feridas para, simplesmente, dizer que a gente precisa dar mais valor aos momentos que vivemos com os nossos pais, avós, com a nossa família. É sério e muito forte. A gente, até o momento que perde um ente querido, não tem ideia de como aquele abraço que deixamos de dar, aquele telefonema que deixamos de atender, aquele ‘eu te amo’ que nunca falamos e toda vez fica embargado na nossa garganta, todas as nossas demonstrações que deixamos para amanhã, são as barreiras que nos perseguem pelo resto da vida, quando estas pessoas se vão. Depois, só nos resta o lamento e a dor. Não vamos deixar isso acontecer!! Levante a bandeira do amor, do sentimento, de expressar as emoções, vamos falar sim tudo que sentimos! Faz um bem danado para nossa alma! Coloquem para fora, desembaracem suas implicâncias, seus nós. Aprendam a perdoar, dêem uma chance para serem felizes e deixem as pessoas que convivem com vocês saberem disso. Abrir o coração é o melhor remédio! Sempre!

Já tomei muito tapa na cara com essas demonstrações, inclusive da minha mãe, mas vale a pena. Hoje, dói saber que não pude me despedir, mas sempre demonstrei tudo a ela. Com minha avó pude vivenciar isso melhor e tenho certeza de que tudo que pude fazer, fiz com amor e carinho. Até no último momento que a vi com um sopro de vida, fiz questão de expressar aquele ‘vó, eu te amo muito’. E ela me respondeu fraquinha, mas com um sorrisinho no rosto: “também, minha filha”. Isso não tem preço. Essa era nossa despedida, nossa paz de espírito, nosso trato. Nos amamos e isso que importa, foi isso que ficou.

Nos meus momentos de punição de mim mesma (acho que todos nós temos isso, né, rs), às vezes tenho a sensação de que minha mãe foi embora dessa vida triste comigo, por não ter me despedido, por não ter tido a oportunidade de dizer que a amava muito naquele último momento. Se hoje Deus me desse a chance de fazer um pedido, eu diria: quero dizer isso tudo para minha mãe e poder dar aquele último abraço e beijo. Mas, como isso é impossível fisicamente, tento, todos os dias, espiritualmente em minhas orações, falar isso para ela. Durmo em paz e até ouço sua voz respondendo “também, filha”. Enfim, essa foi a maneira que encontrei de me ‘redimir’, despedindo-me dela todas as noites.

Então, meu povo, a minha dica é que vocês expressem mesmo tudo que sentem pela suas mães, pais, avós, familiares, amigos! Que vocês procurem proporcionar às mães, especialmente neste domingo, um dia lindo, com muito amor e dedicação! Vivam, demonstrem, procurem, amem essas queridas que nos presenteiam todos os dias com seu amor materno, incondicional!