segunda-feira, 6 de junho de 2011

O amor está no ar - Dois anos de missão cumprida e amada!


Estou há bastante tempo sem escrever aqui, mas perdoem-me pela falta de tempo e não de ideias. Um mea culpa básico, mas, please, não desistam deste humilde blog que mistura humor, histórias reais e muita doideira. Bem, junho chegou e, com ele, algumas lembranças: umas fortes e tristes, outras lindas e felizes. Neste mês faz 3 anos que minha mãe faleceu, dez anos que meu avô, pai dela, se foi. Mas também é o mês do aniversário de Belchior, de nosso casamento e, claro, do Dia dos Namorados.

Então, vendo flores e amor neste mês, resolvi compartilhar uma entrevista interessante que acabei de fazer para o jornalzinho mensal de ums dos empreendimentos que atendo. Fugindo ao convencional das matérias que falam só de amor romântico, de programas para a data dos namorados e blábláblá, resolvi procurar uma especialista em relacionamentos e perguntar sobre como andam as relações amorosas hoje. Vamos pensar um pouquinho também, né?! O resultado, vocês poderão saborear agora e, quem sabe, tirar alguma coisa especial dos belos e sábios olhares e percepções da Dra Ana Maria Zampiere.

Não poderia deixar de, claro, fazer minha homenagem ao cara que soube me devolver a alegria de viver e de expressar meu amor e satisfação de estar casada há dois anos com essa figura maravilhosa, louca, gaiata, linda, amorosa e emotiva que é meu Belchior! Vida longa ao nosso casamento, querido! E um lindo Dia dos Namorados para todos! Pensem, reflitam, façam um dia diferente com seus companheiros e não deixem de surpreender nunca.

Como andam os relaciomentos amorosos hoje?

Quais são os principais conflitos hoje que existem na relação a dois?

AMZ: Hoje temos um alto índice de conflitos. Os mais frequentes, em minhas pesquisas e prática clínica são: o estresse da vida profissional e a falta de harmonização entre carreira e vida amorosa e familiar; falta de investimento na vida amorosa e sexual de um tempo de namoro e/ou casamento; o poder profissional que desencadeia a infidelidade sexual e/ou amorosa; a falta de limites colocados nos filhos, o que depois leva a um “filhiarcado” e deixa os pais sentirem-se impotentes e em segundo plano; divergências ideológicas quanto à cultura de gênero, especialmente quando a mulher é mais bem sucedida profissional e financeiramente; violência por agressões verbais e morais; a falta de intimidade com homens, especialmente os super envolvidos no trabalho; a transmissão de doenças sexuais, como HIV e HPV, por infidelidade sexual; a intromissão das famílias de origem na vida do casal; uso abusivo do álcool; dificuldades de cuidar da própria saúde; esposas que se comportam mais como mães do que como parceiras e amantes; dificuldades e temores da maternidade e paternidade tardia.

O que os casais estão buscando nos relacionamentos atuais?

AMZ: Uma dança mais harmônica entre os amores EROS (sexo e paixão), FILO (amizade, parceria, cumplicidade) e ÁGHAPE (projetos comuns de vida sem ameaças aos individuais)

Os relacionamentos estão cada vez mais sólidos, conforme as estatísticas estão demonstrando com a valorização do casamento na Igreja, na união formal e no investimento em grandes celebrações?

AMZ: Sim, há uma tendência a democracia nas relações de poder, mesmo em casais homossexuais, sem grandes polaridades de gênero, pais mais participativos, homens mais desenvolvidos para falar de suas emoções. Percebo uma exigência menor de grandes rituais para iniciar a vida a dois: atualmente, mais jovens moram juntos primeiro e depois decidem casar ou não formalmente. Uma tendência a valorizar a qualidade da sexualidade mais aberta e em processo de intimidade com a mesma parceira.

A procura por tratamentos de casais com terapias tem aumentado nos últimos anos? Isso seria reflexo de uma busca por equilíbrio e ajuda mais profissional ou seria reflexo do aumento de sintomas de vulnerabilidade e insegurança dos casais de hoje?

AMZ: Sim. Houve uma desmistificação da terapia como sinal de pessoas em fracasso para sinal de pessoas em busca de crescimento. O reconhecimento dos estresses da vida moderna e na metrópole e das próprias vulnerabilidades aumenta a capacidade de resilência (sair de crises com mais força e energia). Dizemos que, quanto mais um casal pode enxergar suas dificuldades como indivíduos, sem basear-se em críticas, aumenta a força do relacionamento e do prazer de crescerem juntos.

A senhora poderia nos passar uma percepção, como especialista, sobre como estão os relacionamentos atualmente?

AMZ: Os modernos, mais equilibrados no poder, com mais parceria na luta pela vida em todos os aspectos. Há um inimigo mais forte, todavia, que é o estresse, que diminui a libido e pode aumentar as doenças, como pânicos, medos de violência e etc.

Poderia nos passar alguns conselhos para os casais neste Dia dos Namorados?

AMZ: Espero que as pessoas desejem estar inteiras nas suas relações com o outro. Não esperem que o outro seja a sua metade, mas uma parceria que amplifica o viver bem, a vida e cada momento dela. Desistam de hiper valorizar o passado negativo e o futuro, que traz ansiedade. Valorizem cada dia, cada momento presente e sejam felizes!

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