A semana foi complicada. Eu e Belchior nos alternamos numa gripe daquelas e ficamos praticamente de molho, com febre, dor no corpo e tosse. Mas, trabalho é trabalho e na última quarta, tive um dia animado e com fortes emoções. Estava super mal, tossindo e espirrando como uma louca, mas fui num almoço que já havia marcado para conhecer uma jornalista da redação. A sintonia foi ótima, o almoço também.
Mas eu tinha outra empreitada grande. Teria que fazer uma trilha com o pessoal de outro jornal no Morro da Babilônia. Meu cliente faz um bonito trabalho de reflorestamento da região há dez anos e agora estamos mobilizados para divulgá-lo. Os moradores da região descobriram essa trilha linda, que oferece uma vista de 360 º do Rio de Janeiro. Alguns turistas se aventuram por lá, mas ainda é pouco difundida. Ok, fiz um gol de placa, o pessoal do jornal quis ir lá fazer fotos e eu, claro, como uma boa assessora de imprensa, iria junto com eles. A questão é que eu estava mal de gripe. Mas, sai correndo do almoço, levei um par de tênis na bolsa e lá fomos nós pela comunidade subir o Morro da Babilônia.
Eu não sou muito chegada a trilhas porque não gosto muito de bichos. Sou cagona mesmo, tenho horror a cobras, por exemplo. Sonho, fico com taquicardia só de pensar em esbarrar com um bichano desses pela natureza. Belchior sempre me zoa, diz que sou patricinha e tal, mas não é isso. Eu realmente não sou muito chegada a bichos. Só gosto de tubarões e olhe lá. Vai entender. Cada um com suas maluquices.
Mas eu tinha outra empreitada grande. Teria que fazer uma trilha com o pessoal de outro jornal no Morro da Babilônia. Meu cliente faz um bonito trabalho de reflorestamento da região há dez anos e agora estamos mobilizados para divulgá-lo. Os moradores da região descobriram essa trilha linda, que oferece uma vista de 360 º do Rio de Janeiro. Alguns turistas se aventuram por lá, mas ainda é pouco difundida. Ok, fiz um gol de placa, o pessoal do jornal quis ir lá fazer fotos e eu, claro, como uma boa assessora de imprensa, iria junto com eles. A questão é que eu estava mal de gripe. Mas, sai correndo do almoço, levei um par de tênis na bolsa e lá fomos nós pela comunidade subir o Morro da Babilônia.
Eu não sou muito chegada a trilhas porque não gosto muito de bichos. Sou cagona mesmo, tenho horror a cobras, por exemplo. Sonho, fico com taquicardia só de pensar em esbarrar com um bichano desses pela natureza. Belchior sempre me zoa, diz que sou patricinha e tal, mas não é isso. Eu realmente não sou muito chegada a bichos. Só gosto de tubarões e olhe lá. Vai entender. Cada um com suas maluquices.
Até que gostei de fazer a trilha. É super agradável, entre um espirro e uma tosse, subi na boa. O problema é aquela escadaria do início da comunidade. Essa é que mata. Assim que começamos a subir, um vovô da comunidade nos passou e comentou. “C. (o nosso guia), pegaram uma jiboia enorme hoje, cê viu”? “Vi sim, mas já desceram com ela”. Parei de brincar. C, meu querido, aparecem muitas cobras pela trilha? “Ah, não, é tudo limpinho e já pegaram essa. Fica tranqüila”. Ai meus sais, eu sou cobrafóbica (não sei se existe esse termo). Ele, a repórter e o fotógrafo riram. Resolvi não dar asas aos meus medos e seguimos em frente. Imagina! Já pegaram a cobra. Não ia aparecer outra, né. Seguimos.
Conversa vai, foto vem, vista linda, mais fotos, mais tosse... Quando estávamos chegando ao nosso último ponto, eu atrás da repórter, desbravando a trilha. Ouço um grito. “Ai, meu deus, uma cobraaaaaaaaaaaa”. Nem pensei. Meus instintos de sobrevivência falaram mais alto e em 3 segundos já havia corrido tanto que nem parecia que estava hiper gripada.
A repórter quase pisou na tal jiboia com 2,5 metros, toda estressada, com a boca aberta, pronta para o bote. E eu, que vinha atrás não vi nada, saí correndo. O fotógrafo e o guia subiram, tiraram fotos. Foram os 5 minutos mais longos da minha vida. A cobra lá e eles olhando e eu passando mal. Queria ter uma crise histérica, como tive uma vez que vi uma cobra d’água verde, saindo do buraco da pedra numa cachoeira. Fique histérica, senti algo nas minhas costas e arranquei o biquíni, fiquei de top less, com os peitos para fora, chorando, sendo sacudida, tomei água com açúcar. Mas tive me conter, ficar olhando ao redor, rezando, ouvindo barulhos e sendo a assessora de imprensa mais tranqüila possível.
A querida jiboia atrapalhou nossos planos e voltamos. Ela estava na passagem e o guia disse que era a mesma que capturaram mais cedo. Resolveram solta-lá na trilha. Fiquei pensando se eu estivesse no lugar da repórter. Teria sido mordida com certeza. Ia cair no chão e me enrolar junto com a cobra. Ela ia me estrangular como faz com suas presas. E eu ia ter um ataque cardíaco. Sairia de lá direto para o hospital. Levamos quase 1 hora para subir e 20 minutos para descer. Saí em disparada. Queria chegar em terra firme, sem cobras, o quanto antes.A aventura foi boa. O pessoal do jornal amou. Só fiquei cara a cara com a cobra pela lente da câmera do fotógrafo. Deus me livre e guarde. A cobra era enorme e estava louca.
Depois dessa tarde inesquecível, cheguei em casa e minha gripe piorou. Febre alta, frio e dor no corpo. Mais dois dias de cama. Não sei se foi o esforço ou a cobra. Mas fiquei mal. Belchior rolou de rir com a história. Disse que queria ter sido uma formiga para ver a minha reação. Para quem já ficou praticamente pelada na cachoeira por causa de uma cobra d’água, até que a febre foi um bom negócio para quem encontrou com uma jiboia. Definitivamente, no way.
Conversa vai, foto vem, vista linda, mais fotos, mais tosse... Quando estávamos chegando ao nosso último ponto, eu atrás da repórter, desbravando a trilha. Ouço um grito. “Ai, meu deus, uma cobraaaaaaaaaaaa”. Nem pensei. Meus instintos de sobrevivência falaram mais alto e em 3 segundos já havia corrido tanto que nem parecia que estava hiper gripada.
A repórter quase pisou na tal jiboia com 2,5 metros, toda estressada, com a boca aberta, pronta para o bote. E eu, que vinha atrás não vi nada, saí correndo. O fotógrafo e o guia subiram, tiraram fotos. Foram os 5 minutos mais longos da minha vida. A cobra lá e eles olhando e eu passando mal. Queria ter uma crise histérica, como tive uma vez que vi uma cobra d’água verde, saindo do buraco da pedra numa cachoeira. Fique histérica, senti algo nas minhas costas e arranquei o biquíni, fiquei de top less, com os peitos para fora, chorando, sendo sacudida, tomei água com açúcar. Mas tive me conter, ficar olhando ao redor, rezando, ouvindo barulhos e sendo a assessora de imprensa mais tranqüila possível.
A querida jiboia atrapalhou nossos planos e voltamos. Ela estava na passagem e o guia disse que era a mesma que capturaram mais cedo. Resolveram solta-lá na trilha. Fiquei pensando se eu estivesse no lugar da repórter. Teria sido mordida com certeza. Ia cair no chão e me enrolar junto com a cobra. Ela ia me estrangular como faz com suas presas. E eu ia ter um ataque cardíaco. Sairia de lá direto para o hospital. Levamos quase 1 hora para subir e 20 minutos para descer. Saí em disparada. Queria chegar em terra firme, sem cobras, o quanto antes.A aventura foi boa. O pessoal do jornal amou. Só fiquei cara a cara com a cobra pela lente da câmera do fotógrafo. Deus me livre e guarde. A cobra era enorme e estava louca.
Depois dessa tarde inesquecível, cheguei em casa e minha gripe piorou. Febre alta, frio e dor no corpo. Mais dois dias de cama. Não sei se foi o esforço ou a cobra. Mas fiquei mal. Belchior rolou de rir com a história. Disse que queria ter sido uma formiga para ver a minha reação. Para quem já ficou praticamente pelada na cachoeira por causa de uma cobra d’água, até que a febre foi um bom negócio para quem encontrou com uma jiboia. Definitivamente, no way.
OBS: Nem consigo olhar direito para essa obra ai em cimaaaaaaaaaaaa
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