sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Belchior e suas músicas - o "bailinho" do fim de semana


Estou com saudades do meu Belchior louco de pedra. Ele viajou desde ontem e só volta amanhã (sábado). Na véspera da viagem, ficamos muito tristes, pois a nossa peixinha morreu. A Belchioriana (escrevi aqui sobre ela, parecidíssima com o dono), tadinha, maluca de pedra, que ficava pulando para a parte do aquário do Casadão. Até hoje não sabemos como ela fazia isso e, incrivelmente, quando enjoava da Cia do macho, retornava para sua parte do aquário...

Como sou mulher, paranoica e exotérica, não acredito em coincidências, já logo imaginei que, se Belchioriana faleceu, algo ruim estava para acontecer. Ai meu Deus, essa viagem de Belchior, ele lá no c de Judas, sei lá. Sozinho. Não, não, ia acontecer algo, estava certa. Depois que o luto pelo falecimento da peixinha se foi (confesso, durou apenas alguns minutos), nada melhor do que pensar positivo, ora bolas! Peixinhos têm vida curta!

Mas, voltando à saudade de Belchior, ao meu momento nostalgia, preciso contar uma pérola do fim de semana passado. No domingo, enquanto ele foi ao jogo do Fluminense, eu organizei um lanche com minhas amigas lá em casa. O encontro foi ótimo, rimos muito e até minha amiga N. apareceu, depois de tempos que não nos víamos. Veio lá de Itaquá, de táxi, com três garrafas de vinho na mão, uma aberta que já veio bebericando pelo trajeto. Gostei de ver! Voltando aos velhos e bons tempos!!

O Flu perdeu a liderança e Belchior chegou em casa tristonho, cabisbaixo. Não demorou para se enturmar com a mulherada, fazendo Cia à N. no vinhozinho. Depois de 4 garrafas sorvidas pela dupla e de todos irem embora, ele (que já estava em outro planeta), colocou um DVD e me disse: “Amor, vamos dançar. Eu quero dançar. Luzir a madrugada bailando”. E no ritmo mais hilário e despropositado do seu Coisinha de Jesus, Belchior bailou e cantou absurdamente.

O DVD era do grupo ‘The Originals’, um clássico com canções para lá de idosas. Esse espírito eclético e velho de Belchior sempre me deixou incrédula. Mas ele é assim puro no palito, envelhecido de corpo (amor, sorry, mas você sabe que eu achava que você tinha mais de 30 anos) e de preferências musicais.

Ao som de ‘Feche os olhos, e sinta um beijinho agora (...) // Coisa linda, coisa que eu adoro // A gotinha de tudo que eu choro” ele bailava e virava os olhinhos, enrolava a língua e dizia “Amor, eu nasci na época errada, adoro essa música”. E como todo e bom tio avô, ele jogava o corpicho para um lado e batia palmas descompassadamente para o outro. Uma coisa inacreditável. Eu, deitadinha no sofá, morrendo de sono (já eram 3 da matina), com meu edredonzinho assistia tudo incrédula e morrendo de rir, claro.

Mas, uma pausa e reflexão para sua música favorita:“Mar de Rosas”. Vocês, apreciadores deste humilde blog, com certeza devem conhecer! Seu avô ou tio provavelmente já escutaram e vocês estavam por perto. “Vou repetir essa música, amor. É minha predileta”. E ele repetia e repetia dançando freneticamente, com coreografia e tudo. Sintam e imaginem a cena:

“Você bem sabe / Que eu não lhe prometi um mar de rosas /Nem sempre o sol brilha/ Também há dias em que a chuva cai / Se você quer partir, pra viver por viver / Sem amor ô, ô, ô não tenho culpa / Eu não lhe prometi um mar de rosas”

Bem, não sei se foi surto, bebedeira ou o seu jeito de ser mesmo, mas foi assim que terminamos a nossa noite. Ao som de ‘The Originals’! Quanta emoção! RS Eu, mesmo sem querer (juro que é verdade), adormeci depois de ver o show, que parece ter continuado sem plateia até às 5 da manhã, com uma sessão de “mais músicas amadas por Belchior”.

Para completar o repertório de DVDs do meu marido, infelizmente, ainda não achei vendendo (se alguém souber aonde encontro, por favor, me diga) o DVD do Belchior de verdade. Vou lançar outra campanha aqui no blog: Por favor, ajudem-me a achar um DVD do Belchior de verdade!!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Belchior, a praia, a caipiroska e o bode em Recife - nosso último dia




Nosso último dia em Recife. Acordamos cedo e fomos pegar uma prainha na Boa Viagem. Dia lindo, céu azul. O mar parecia uma lagoa. Nós dois abrimos a praia e, aos poucos, o pessoal foi chegando: o casal C e C., logo depois Zé Pesqueira. RT e Zé Cinturinha chegaram por último. Os trabalhos foram abertos por C. e Belchior, a dupla hermana. Dá-lhe caipiroska às 10 da matina. Fizeram amizade com o cara da barraquinha e o lema era mais uma dose. Caipiroska de morango, limão, kiwi, maracujá com morango e várias combinações.

O dia estava quente e os meninos iam se empanturrando de vodka em plena praia. Para completar o menu, Belchior apresentou à tropa uma iguaria do Nordeste: os caldinhos vendidos na praia. Não, caros amigos, não são aqueles caldos suculentos que você encomenda e é servido numa cumbuquinha, com pães e colher. Nada disso. Eles são vendidos como café, naquelas garrafas térmicas. Sai um caldinho quentinho no copo de plástico. Caldinho de tudo: sururu, camarão, peixe, caldeirada, feijão, mocotó. Tudo servido com ovo de codorna e torresmo, claro.

Belchior é alérgico a camarão, coitado. E o pior é que ele adora. Mas, se contenta em pedir as outras opções. No início, a galera ficou tímida e meio receosa. Só eu e Belchior sorvemos o delicioso aperitivo. Mas, como meu marido vence as pessoas pelo cansaço... “Prova aí, gente. Nóssenhora, é uma delícia. Prova, Zé Pesqueira. Delícia. Dá um levante. Experimenta”, dizia salivando entre uma golada e outra o seu caldo de peixe. Eu não posso falar muita coisa não, pois sou suspeita. Adoro caldinhos e sempre peço. Vencidos pelo cansaço, aos poucos a galera foi provando com aquela cara de nojinho, mas, após a primeira golada, todos gostaram e estavam se deliciando.

No meio da tarde, eu já queimada como um camarão, com a perna dolorida e muito vermelha (sim, o ferrão do marimbondo resistia bravamente), resolvi ir para o hotel tomar banho e partir rumo aos artesanatos recifenhos. Eu e C., esposa do também C, deixaríamos os meninos para lá e iríamos às compras!

Confesso que fiquei meio p da vida com Belchior (para variar) porque ele tinha combinado de ir lá no Centro Cultural ver os artesanatos comigo. Ele adora essas coisas e disse que iria com ou sem os meninos. Mas, na hora do vamos ver, quem fala mais alto é a bebida e as ótimas cias que ele estava. Larguei ele para lá e segui meu rumo.

Eu e C curtimos adoidado o passeio neste centro cultural! Além de comprar coisinhas, o local era um antigo presídio e as lojinhas eram nas celas de verdade, com vários paramentos e ornamentos para fotos. Tudo foi mantido como numa prisão. Andamos e compramos feito loucas e, duas horas depois, quando ligamos para os meninos, ainda estavam na praia!

Demos meia dúzia de esporros e combinamos o encontro com eles em Olinda. Nosso roteiro seria um passeio por lá e jantar o tal e desejado bode. Estranho, né. Mas lá é tradicional e os Zés queriam experimentá-lo. Topei na hora, claro.

Depois de um mega engarrafamento, chegamos a Olinda. Eu e C., C. e eu. Encontramos uma parte dos boys em um outro táxi e a nossa alegria por estar em Olinda durou muito pouco. Primeiro porque o comércio, os ateliês e todo charme estavam fechados às seis da tarde, em pleno feriado! Vai entender. Segundo porque aquilo é uma loucura, nunca vi tanta pirambeira, escada e ladeira. Nunca subi tanto morro!! Fiquei imaginando o carnaval. Nossa, subir e descer aquelas ladeiras deve ser inexplicável. Mas como no carnaval algo mágico acontece com a gente....

Quando encontramos a outra parte dos meninos (meu marido estava nesse bonde), eles estavam assim: sem banho, alguns com mau humor e outros (Belchior sempre está nessa parte), completamente loucossssssss. Para completar, estávamos todos sem almoçar, morrendo de fome e não sabíamos onde comer o tal bode!

Ficamos em Olinda cerca de 10 minutos, tempo suficiente apenas para Belchior comprar sua sombrinha de frevo e sair dançando loucamente pelas ruas e pela Igreja da Sé, com todos olhando, claro. O resto da tropa já estava no táxi e apenas esperava que Belchior encerrasse seu show e entrasse no táxi.

Enfim, achamos o restaurante indicado, o ‘Nó do Bode’. Comemos uma bela picanha de bode, regada à lingüiça de bode, pão de alho e muita macaxeira! RS Por fim, Belchior e RT apostaram uma corrida nos bonecos bodes do local e o efeito bode havia atacado o irmão C, que fechou a noite com uma tremenda dor de barriga! Para nós quatro, a viagem estava sendo encerrada ali. Pegaríamos o avião na manhã no dia 12 super cedo!

Mas, para os três mosqueteiros solteiros, a night daquele dia ainda estava por vir, mas eu já tinham algumas informações importantes: graças a Deus, RT tinha pego uma mulher no Pub da noite anterior e ele estava todo contentinho; Zé Pesqueira também havia se dado bem (parece que pegou uma mulher mais alta do que ele) e Zé Cinturinha estava a espera de outra peguete para essa noite, pois a do casamento, com sua carita de 40 e poucos anos, não colou.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Belchior, a tropa e o terceiro dia em Recife


Bem, acordamos ou melhor, despertamos depois de 4 horas de sono leve e já arrumamos as coisas para regressarmos a Recife. Eu com minha ferroada na coxa, cada vez mais inchada e dolorida. Belchior ainda no ‘grau’. Pegamos o ônibus de volta, com Marquinho Garanhuns no comando e o pessoal meio baqueado, na ressaca. Aquela agitação da ida se transformou em calmaria e sonolência na volta.

Timidamente, Belchior e RT se revezaram na cia ao motorista, mas sem muito assunto e empolgação. Paramos no Rei das Coxinhas novamente e fizemos um lanche regado a coxinhas e kibe de cordeiro. A animação voltava aos poucos para os meninos tricolores, que estavam com a camisa do time (parecia até que a equipe ia jogar no nordeste) e começaram a olhar tensos para o relógio. O jogo era às 16h. Eram 14 e pouco.

Chegamos a Recife faltando 20 minutos para começar a partida. Ainda tínhamos que deixar as malas e procurar um lugar que transmitisse o jogo. Meninos tensos e eu e C., as únicas mulheres, entramos na tensão deles. Mal se despediram de Marquinho Garanhuns, nosso escudeiro e guia de Pesqueira, amigo de fé, irmão camarada, que nos deixou na porta do hotel...

Depois de muito procurar, achamos um restaurante-bar e qualquer coisa assim, agradável e com cerveja e jogo do Fluminense para eles. Eu e C. passamos horas a fio conversando, colocando o papo em dia, e os meninos se descabelando pela derrota do Flu.

Não sei como, nem em que horas, mas descolamos uma carona do motorista da van do restaurante para nos levar até Recife antigo para fazermos um city tour e conhecermos um pouquinho da cidade. Belchior e eu passeamos pela feirinha, enquanto os meninos acharam o local meio caído. Sentaram num bar e ficaram esperando por nós. A ideia deles era ir para uma night. Zé Pesqueira, descolado que só ele, já havia selecionado e procurado as indicações de melhores lugares para sair lá. Apesar do cansaço, os dois casais, Belchior e eu, C. e C., também toparam sair e curtir a noite recifense.

Fomos para uma espécie de pub, com música ao vivo. Todos empolgados, mas extremamente incomodados com o calor e o tumulto que estava o lugar. A música era ótima, uma espécie de banda de pop rock regada a frevo. Se não fosse o empurra- empurra e o tumulto, com certeza tinha me divertido. Mas eu estava mal humorada e tudo me incomodou. Não consegui relexar, nem curti direito.

O que mais me incomodou, acredito, é que Belchior estava bem, feliz, se divertindo como sempre faz em qualquer lugar. Ai, que raivaaaaaaa!! Eu queria estar num lugar mais tranqüilo, mais agradável. Mas ele ama a noite, a agitação, o calor humano. Ok, ok, eu estava de TPM, com minha coxa doendo, com a porcaria do ferrão dentro de mim, com calor e sem dormir. Fomos embora depois de quase 3 horas lá no lugar e, enfim, pude dormir e relaxar! Praia no dia seguinte!! Aiaiai, tudo de bom.

Bem, Zé Pesqueira, Zé mulherengo e Zé Cinturinha estavam gostando bastante! O casal C. também dançava e curtia a noite. Zé mulherengo impressionado pela quantidade de gente bonita no lugar (realmente uma raridade, pois só vimos pessoas estranhas até então). Zé Cinturinha agarrado na cintura da peguete do casamento. A decepção estava nítida nos seus olhos, até porque todos ficaram meio ‘chocados’ com a rapariga da festa. No dia seguinte, ela não teve como manter a maquiagem e o modelito da festa. Então, sua idade apareceu aos olhos de todos, com rugas e marcas de expressão que não negam seus 40 e poucos anos...rs

RT ia e vinha num bailado frenético pelo pub. Só de pensar que hoje ele tinha nas mãos a oportunidade de desencantar e colher os frutos do seu instinto pegador! RS
Bem, eu e Belchior não ficamos para ver o final da night dos meninos. Saberíamos dos detalhes na praia, na manhã seguinte...

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Belchior e a festa de casamento em Pesqueira




Ah, a festa! Seguimos da Igreja para o local da festa, a antiga fábrica da marca Peixe, original de Pesqueira!! Pegamos o busão com o nosso amigo Marquinho Garanhuns, junto com outros amigos e familiares dos noivos, que lotaram nosso transporte!

Belchior já havia começado os trabalhos durante a cerimônia, num boteco próximo à Igreja. Portanto, quando entrou no ônibus, já começou uma discussão inusitada sobre o papel dos índios na sociedade. Tudo porque o avô do noivo disse que uma das propriedades da família da noiva havia sido invadida e doada pela FUNAI aos nossos queridos indígenas.

“Tenho horror a esses índios. Não fazem nada, não querem trabalhar, só querem pegar a terra dos outros e ficarem vendendo muamba. Dinheiro fácil a gente tb quer, uai”. Ainda bem que chegamos rápido ao salão de festas! A discussão duraria horas!

A festa foi um glamour só. Um luxo! Com direito a banda tocando 5 horas seguidas, lagosta, camarão, uísque e tudo mais à disposição dos convidados. Belchior começou na cervejinha e esta já foi suficiente para ele dar seu showzinho. Como a banda era super eclética, os ritmos mudavam freneticamente a cada música. De ‘Chora, me liga’; ‘Michael Jackson’, ‘New York, New York’; ‘Calypso’ a ‘Black Eyed Peas’! Tudo junto e misturado.

Belchior já estava num estilo incrível. Como o terno dele não cabe mais e ainda não comprou outro, lançou o estilo calça jeans, blusa social e blaser, destoando de todos os convidados. Mas como isso para ele é até bom, com 30 minutos de festa já tirou o paletó. Com seu gingado a la ‘Coisinha de Jesus’, imitou a Joelma, jogando sua careca para um lado e para o outro. Pulou como um jagunço selvagem, imitando uma boiada, dançou até o chão, bailou de todo os jeitos e modos que se espera de uma figura como ele.

Mas o seu objetivo era chegar até o palco. Belchior ficou fascinado com a banda e todos os seus componentes. Aos poucos, em meio ao nosso grupo de amigos dançando no meio da pista, ele se chegava sozinho, como quem não quer nada, assim, para perto do palco. Fazia cara de cachorro triste, querendo o frango assado da padaria. Mas os caras não davam bola não.

Bem, enquanto o palco não o recebia, Belchior e os nossos amigos (me incluo também, claro) deram um show de diversão! Até lambada rolou com atuação mais do que digna do nosso amigo G., mais conhecido como Zé Pesqueira!!

Para não dizer que não falei das flores, como será que nosso amigo mulherengo R.T. estava? Louco para pegar alguém. Já estávamos no segundo dia oficial da viagem e nada! R.T. passou a noite sassaricando. Sumia de vez em quando, voltava com um uisquinho na mão. Mas sem uma muchacha ao lado.

Depois das 3 da matina, seria a vez do DJ não sei quem ferver a pista. O recado da noiva era de que a gente só poderia ir embora de manhã! Então, na troca da banda pelo DJ, Belchior, como um gato ávido e ágil, subiu no palco, pegou o microfone e pronto!

O circo estava armado! Ele queria cantar o hino da terrinha para marcar presença em Pesqueira. Mas, acabou fazendo playbacks do Luan Santana e de outros sertanejos de plantão. No fim, quase todos estavam no palco, cantando e dançando, inclusive os noivos! Festa pernambucana e da terrinha, claro!

O dia estava amanhecendo e resolvemos partir. Belchior estava realizado. Cantou no casamento e havia consumido muitos litros de cevada e até umas doses de uísque. Balança bem mais para lá do que para cá. Estava trocando as pernas literalmente. Cumprimos o combinado com a noiva, que também já estava para lá de bragatá e passou super mal, de ficarmos até os primeiros raios de sol.

Resolvemos pegar um táxi, que estava paradinho na porta da festa. Táxi de cidade do interior, sem lenço e sem documento. Após esperarmos a noiva literalmente mergulhar no banco traseiro do carro que os levaria de volta ao hotel, resolvi acelerar a nossa volta.

G., o Zé Pesqueira, entrou no banco de trás. Dormindo sentado. Belchior insistia para eu ir na frente com o motorista. Como não quis contrariar os bêbados e oprimidos, lá fui eu. Quando sentei e puxei o cinto de segurança, dei um grito tão alto que Zé Pesqueira chegou a abrir os olhos, mas voltou a dormir. Belchior estava do lado de fora e me ignorou.

Senti uma dor lacerante, como se algo tivesse rasgado minha pele. Olhei para o lado e não vi nada. Só minha perna ardia muito, muito mesmo. Quando olhei novamente procurando o que havia me machucado, eis que o vejo, grande e saliente, marrom, me passando a sensação de dever cumprido. Um puta marimbondo havia me ferroado sem dó nem piedade. Saí de fininho, pulando-o no banco e corri para os braços do meu marido. Precisava de ajuda. Alguém pode tirar o ferrão da minha perna, por favor? O marimbondo me ferroou. Aiaiaiai, tá doendo, tá doendo. Palavras em vão. Belchior ainda disse: não se preocupe, foi um escorpião! E ria zoinho, trêbado da minha cara. Ninguém me ajudou, pois todos estavam bêbados, claro. Voltei para o hotel com minha ferroada e fui dormir. Fazer o que, né!

No dia seguinte e nos sete subsequentes, em que tomei antibiótico e tudo, fiquei com um inchaço grande, dolorido e vermelho. Voltei de Pesqueira com uma ferroadinha básica.

Para fechar esse post, uma curiosidade: R.T. não pegou ninguém na festa. Até Zé Cintura, nosso amigo R., tinha se dado bem. R.T. estava inconformado!! Mas, ainda tínhamos dois dias! Em breve, a última história da viagem!