terça-feira, 16 de novembro de 2010

Belchior, a praia, a caipiroska e o bode em Recife - nosso último dia




Nosso último dia em Recife. Acordamos cedo e fomos pegar uma prainha na Boa Viagem. Dia lindo, céu azul. O mar parecia uma lagoa. Nós dois abrimos a praia e, aos poucos, o pessoal foi chegando: o casal C e C., logo depois Zé Pesqueira. RT e Zé Cinturinha chegaram por último. Os trabalhos foram abertos por C. e Belchior, a dupla hermana. Dá-lhe caipiroska às 10 da matina. Fizeram amizade com o cara da barraquinha e o lema era mais uma dose. Caipiroska de morango, limão, kiwi, maracujá com morango e várias combinações.

O dia estava quente e os meninos iam se empanturrando de vodka em plena praia. Para completar o menu, Belchior apresentou à tropa uma iguaria do Nordeste: os caldinhos vendidos na praia. Não, caros amigos, não são aqueles caldos suculentos que você encomenda e é servido numa cumbuquinha, com pães e colher. Nada disso. Eles são vendidos como café, naquelas garrafas térmicas. Sai um caldinho quentinho no copo de plástico. Caldinho de tudo: sururu, camarão, peixe, caldeirada, feijão, mocotó. Tudo servido com ovo de codorna e torresmo, claro.

Belchior é alérgico a camarão, coitado. E o pior é que ele adora. Mas, se contenta em pedir as outras opções. No início, a galera ficou tímida e meio receosa. Só eu e Belchior sorvemos o delicioso aperitivo. Mas, como meu marido vence as pessoas pelo cansaço... “Prova aí, gente. Nóssenhora, é uma delícia. Prova, Zé Pesqueira. Delícia. Dá um levante. Experimenta”, dizia salivando entre uma golada e outra o seu caldo de peixe. Eu não posso falar muita coisa não, pois sou suspeita. Adoro caldinhos e sempre peço. Vencidos pelo cansaço, aos poucos a galera foi provando com aquela cara de nojinho, mas, após a primeira golada, todos gostaram e estavam se deliciando.

No meio da tarde, eu já queimada como um camarão, com a perna dolorida e muito vermelha (sim, o ferrão do marimbondo resistia bravamente), resolvi ir para o hotel tomar banho e partir rumo aos artesanatos recifenhos. Eu e C., esposa do também C, deixaríamos os meninos para lá e iríamos às compras!

Confesso que fiquei meio p da vida com Belchior (para variar) porque ele tinha combinado de ir lá no Centro Cultural ver os artesanatos comigo. Ele adora essas coisas e disse que iria com ou sem os meninos. Mas, na hora do vamos ver, quem fala mais alto é a bebida e as ótimas cias que ele estava. Larguei ele para lá e segui meu rumo.

Eu e C curtimos adoidado o passeio neste centro cultural! Além de comprar coisinhas, o local era um antigo presídio e as lojinhas eram nas celas de verdade, com vários paramentos e ornamentos para fotos. Tudo foi mantido como numa prisão. Andamos e compramos feito loucas e, duas horas depois, quando ligamos para os meninos, ainda estavam na praia!

Demos meia dúzia de esporros e combinamos o encontro com eles em Olinda. Nosso roteiro seria um passeio por lá e jantar o tal e desejado bode. Estranho, né. Mas lá é tradicional e os Zés queriam experimentá-lo. Topei na hora, claro.

Depois de um mega engarrafamento, chegamos a Olinda. Eu e C., C. e eu. Encontramos uma parte dos boys em um outro táxi e a nossa alegria por estar em Olinda durou muito pouco. Primeiro porque o comércio, os ateliês e todo charme estavam fechados às seis da tarde, em pleno feriado! Vai entender. Segundo porque aquilo é uma loucura, nunca vi tanta pirambeira, escada e ladeira. Nunca subi tanto morro!! Fiquei imaginando o carnaval. Nossa, subir e descer aquelas ladeiras deve ser inexplicável. Mas como no carnaval algo mágico acontece com a gente....

Quando encontramos a outra parte dos meninos (meu marido estava nesse bonde), eles estavam assim: sem banho, alguns com mau humor e outros (Belchior sempre está nessa parte), completamente loucossssssss. Para completar, estávamos todos sem almoçar, morrendo de fome e não sabíamos onde comer o tal bode!

Ficamos em Olinda cerca de 10 minutos, tempo suficiente apenas para Belchior comprar sua sombrinha de frevo e sair dançando loucamente pelas ruas e pela Igreja da Sé, com todos olhando, claro. O resto da tropa já estava no táxi e apenas esperava que Belchior encerrasse seu show e entrasse no táxi.

Enfim, achamos o restaurante indicado, o ‘Nó do Bode’. Comemos uma bela picanha de bode, regada à lingüiça de bode, pão de alho e muita macaxeira! RS Por fim, Belchior e RT apostaram uma corrida nos bonecos bodes do local e o efeito bode havia atacado o irmão C, que fechou a noite com uma tremenda dor de barriga! Para nós quatro, a viagem estava sendo encerrada ali. Pegaríamos o avião na manhã no dia 12 super cedo!

Mas, para os três mosqueteiros solteiros, a night daquele dia ainda estava por vir, mas eu já tinham algumas informações importantes: graças a Deus, RT tinha pego uma mulher no Pub da noite anterior e ele estava todo contentinho; Zé Pesqueira também havia se dado bem (parece que pegou uma mulher mais alta do que ele) e Zé Cinturinha estava a espera de outra peguete para essa noite, pois a do casamento, com sua carita de 40 e poucos anos, não colou.

Um comentário:

  1. Fico imaginando como Belchior devia estar dançando frevo, se segurando a sombrinha não dava pra apontar os dedinhos pra cima... rs rs rs

    ResponderExcluir