Eu sempre oscilei entre o meu desejo verdadeiro e aquele que a vida me cobrava, tanto nas inevitáveis rotinas desse cotidiano louco quanto na parte do meu convívio social. Tenho aprendido, cada vez mais, que não é errado dizer não para as pessoas quando não se está afim de fazer algo, de ir a algum lugar e etc. Esse paradoxo de ter que ser a pessoa mais presente, conselheira, amiga, amorosa, sensata, otimista e tantas outras coisas que estão atribuídas como ‘certas’, não estão mais me segurando nas minhas atitudes quanto antes. Agora quem decide a minha vida, por favor, sou eu.
Apesar de toda essa radicalização no meu modo ‘exclusivo’ de conduzir as coisas, ela não se basta em todas as situações. Sempre fico entre a cruz e a espada, com o coração na mão, com o sentimento triste na hora de tomar certas decisões e ter que assumi-las. É claro que gostaria muito de me multiplicar e estar em todos os lugares, com todas as pessoas, dividindo todos os momentos, ouvindo todos os problemas, tomando todos os drinks. Fico até bem feliz e muito realizada por ter uma agenda de encontros e eventos cheia, mas preciso aprender a dizer não nos momentos em que realmente não queira ir, não queira fazer, não queira escutar, não queira me divertir. E dizer esse ‘não’ tranquilamente, ele tem que soar natural, sem cobranças e sem medo.
E quem ouvir este não tem que ser capaz de encará-lo como um não simples como ele é, não vai dar, não posso ou mesmo não quero. Não há mal nenhum em não querer ir naquele encontro com todos os amigos. Não é nada demais você querer ficar em casa, curtindo a sua vibe sozinha, não é crime não ir a um aniversário, não é nenhum pecado mortal recusar uma conversa. Isso não significa que não gosto das pessoas, que virei um ET de Varginha, uma mulher sem princípios, uma pessoa com nariz em pé e que ninguém vai gostar mais de mim por isso.
Todo esse questionamento vai direto e reto para mim mesma, por favor, caros apreciadores deste blog. São apenas elucidações e questionamentos de uma cabeça pensante sem fim, de uma libriana nata, sensível, pensativa, que luta para ter seu equilíbrio emocional, de uma quase 30 beirando uma certa ‘maturidade’ se que é podemos colocar as coisas assim...
O dia em que eu conseguir conquistar essa plenitude: a de tomar certas decisões sem me sentir culpada, a de não estar afim, ora bolas, de conversar, de ser a conselheira, de ser a pessoa que tudo ouve, faz, dança, canta, rebola, serve café, equilibra prato, assovia e chupa cana, muda os planos, que agrada, desagrada e etc, acredito que serei uma pessoa melhor e mais disposta a estar de corpo e alma envolvida com tudo e todos no momento que EU DECIDIR ESTAR! Bem, estou na luta e vamos que vamos!
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