Bem, caros seguidores dessas histórias malucas (e verdadeiras) que conto por aqui, esse terceiro dia de viagem foi sensacional, recheado de eventos e risadas. Vou precisar da audiência e paciência de vocês para lerem sem desistir e se impressionarem com o tamanho do texto. Prometo que tentarei ser o mais breve e divertida possível.
Começamos pela ida às cidades de Valparaíso e Viña Del Mar, postais do Chile que não devem ser esquecidos numa oportunidade de viagem. A nossa vanzinha querida chegou cedo para nos buscar no hotel e nossa guia beleza pura, Nazalda, estava lá firme e forte.
O trajeto durou cerca de 1 hora e pouco, eu estava bêbada de sono, mas a galera estava animada. Foram many many piadas e piadas. Entre um olho aberto e o outro fechado, não resisti e acabei dando várias risadas.
Nossa primeira parada foi numa lojinha de doces para provar uma bebida louca feita com uva de lá (não me recordo agora o nome), que não tinha para vender!! No local também havia duas lhamas no quintal e Belchior, claro, sempre ele, ficou provocando os animaizinhos, coitados! Ele ficava quase escarrando (fazendo aquele grunhido nojento) para ver se elas davam uma cusparada na cara dele. Coisas surreais de Belchior, que ganhou aplausos de outros turistas que estavam por lá, mas a cusparada na cara que era bom mesmo, nada!!!
Na nossa chegada a Valparaíso, nos dirigimos direto para a casa de Pablo Neruda, uma construção de cinco andares, totalmente preservada. Lá funciona o Museu La Sebastiana, um dos locais mais lindos e interessantes que visitamos. O tour pela casa foi surpreendente. Ao invés de guias, cada um recebia um equipamento que parecia um telefone e ouvia a história de cada andar da casa, dos objetos e até mesmo as frases e falas do nosso mestre Neruda. Uma “viagem cultural” incrível. Claro que, ao sair, fui correndo comprar várias recordações desse momento, com um livro com 20 poemas de amor e um imã com a frase: “Confesso que vivi”. Amo. Depois, fomos para o porto da cidade, patrimônio histórico mundial. Nada demais. Até aí a galera estava meio desanimada. Hoje acho que era apenas uma pausa para o que viria mais tarde...
Saímos de lá e fomos direto a Viña Del Mar, um lugar lindo, com praia, casas lindas e muita estrutura. Considerada a Búzios chilena. Um dos desejos do grupo era colocar os pés no Pacífico (mais especificamente de Belchior, que cismou que entraria no mar e que era preciso fazer um pedido e pular três ondas). Nunca ouvi falar disso, mas sabe como é, né. A gente não discute com, vocês sabem... RS
Mas, antes fizemos um pit stop no restaurante Felini, delicioso por sinal. Pausa para comermos e, grande parte do grupo, beber bastante! Foi uma farra, com direito a muitos vinhos e cervejas distintas! Existe uma peculiaridade no Chile: não s e pode beber na rua nem no carro. Por isso, nosso grupo recebeu advertência do motorista da van, que não prosseguiu enquanto os “chicos” não entornaram numa talagada só “las cervezas”. Imaginem como ficaram essas almas!
Voltando à parte do mar, paramos na praia principal da cidade para a realização dos desejos da excursão do tio A.X.. Porém uma das recomendações da nossa guia era a de que não poderíamos demorar muito. Belchior e H. saíram correndo como se não houvesse amanhã! Parecia que nunca tinham visto mar na vida. Belchior cumpriu sua promessa pela metade. Colocou os pezinhos na água. Chegou a ficar sem camisa (uma loucura total, pois estava super frio) e depois voltou enxugando os dedinhos com a tolha que H. dela T levou na mochila. Não conseguiu dar os três pulinhos nas ondas, mas me assegurou que fez o pedido.
A turma estava mais animada, mas até aqui tudo normal, como em qualquer viagem que vocês já possam ter feito. É a partir de agora que o show (literalmente falando) vai começar. Estão preparados? Sintam o clima. Querem se ambientar mais? Coloquem uma musiquinha da Lady Gaga para aquecer a mente. RS
Nossa próxima parada foi a Quinta Vergara, uma espécie de parque hoje, mas que antigamente fez parte da ‘quinta’ que começou a cidade. Quando descemos da van, F., A.X., H., L. e H. dela T. já estavam ensaiando o showzinho. Invadiram a dança alheia de umas “chicas” que estavam dançando na porta do parque. Elas ficaram tão assustadas com aquele comportamento insano (imagine que de dentro de uma van saem seis homens loucos dançando – surreal) que chegaram a oferecer o dedinho do meio como recompensa por atrapalharem o seu momento.
Saímos correndo em disparada ao tal do anfiteatro, onde rolam muitos eventos culturais. Realmente a arquitetura é linda, impressionante. Adoramos. Mas os ‘chicos’ não estavam muito aí não. Queriam farra. Quem manda beber no almoço? Resolveram ir ao banheiro e deram um espetaculozinho lá dentro. Cantaram a música que tocava no rádio da tiazinha que tomava conta do local. A senhorinha estava a se distrair numa tarde tranqüila de sábado. As gracinhas mal fizeram xixi e saíram dançando ao som de sei lá quem, pulando e gritando com a braguilha aberta. Lamentável, mas a farra foi tanta que o pessoalzinho da lanchonete ao lado sem entender nada do que acontecia, dava risada e olhava um para cara do outro se perguntando nitidamente “Quem são esses loucos”?
Acabei de me dar conta de que não vou conseguir terminar esse post hoje se contar todos os detalhes desse sábado que só acabou às cinco da matina. Fechando com chave de ouro: depois da gaiatice no banheiro, Belchior, A.X., F., L., H dela T. e H. invadiram a dança de um grupo que estava ensaiando sua coreografia em plena Quinta Vergara. Música: Lady Gaga. Produção: vários meninos e meninas meio metrossexuais, alguns homossexuais, com direito a maquiagem e modelitos apropriados. Invasão: brasileños loucos, que não dançam nada no Brasil (estão mais para coisinha de Jesus) querendo ensiná-los a sambar e jogar capoeira. Dez minutos de apresentação brasileira sem ginga e sem swing algum e o grupo resolveu não dar muita trela, colocar sua música novamente e tentar ensaiar tranquilo. Acharam (coitados) que eles iriam desistir de tamanha loucura.
Luz, câmera, ação. Todos posicionados? Solta o som, DJ!! Convidados surpresas: o time da terrinha e agregados soltando o bailado junto com a galera. Ritmo: nenhum. Alegria: total. Tanto nós, pobres mortais do lado de fora da apresentação, quanto o grupo de chilenos nos acabamos de rir porque no fim de tudo a apresentação foi um sucesso. Os meninos se revelaram. Claro que cada um com sua performance especial. A revelação: F., hermano de Belchior. Que jeito que ele leva para dança! Deveria levar isso mais a sério. Junto com esse grupinho ele passaria despercebido como forasteiro. Era um dançarino nato. E chileno. E exótico.
Em segundo lugar, sempre ele. O cara da viagem!!! A.X. e sua dança do candomblé, com a mistura de todos os ritmos e hits do Brasil e do mundo. Uma performance louca que dá certo em qualquer momento e local. Arrasou! Destaque também para L., o amigo de F., que quando bebe se revela! Fica o cara mais falante e engraçado do universo! Soltou o bailado e dançou como se não houvesse amanhã. H. e H dela T. também foram bem, mas desistiram no meio do caminho. Poderiam ter ido melhor, meninos!
O pior: Belchior. Sinto ter que escrever isso, mas pela primeira vez você perdeu o placo e o foco, amor. Seus pulinhos com o bracinho balançando, parecendo uma avezinha sem saber voar, tadinha, lembrei do Blu, do filme Rio, sofrendo por não saber o básico, não agradaram nem ao público nem a você mesmo. RS Desistiu rápido e ficou tímido com tamanho elenco e performance dos seus companheiros, né. Tá certo, amor, deixe o palco de dança para quem entende!!! Seu palco é de piadas e de cantorias!
Mas, se vocês pensam que as aventuras desse dia acabaram, estão enganados... Cenas do próximo capítulo: a noitada chilena no sábado... Aguardem!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk............
ResponderExcluirto mijando de rir aki!!!!!!
muito engraçado e bem contado!