Foi difícil começar o segundo dia da viagem tendo que levantar daquela cama maravilhosa do Sheraton. Sem brincadeira, nunca havia dormido numa cama tão maravilhosa, enorme. Eu e Belchior nem nos encontramos na cama durante a noite. Aquele lençol de algodão egípcio, dois travesseiros enormes para cada um, um edredom fora do normal! Afff! Sabe quando a cama e tudo que tem nela te abraça? Quando chegamos no quarto para dormir havia uma água de cortesia e dois bombons para o casal. Ai que meigo!! RS
Mas, enfim, estávamos no Chile, no nosso segundo dia de viagem e tínhamos que levantar, deixar o cansaço de lado e aquela cama maravilhosa para podermos curtir mais um dia! Tomamos café da manhã, um banquete dos deuses, com direito a salmão e tudo! Aos poucos, a turma foi chegando para sentar conosco e desfrutar desse café da manhã.
Depois disso, nos dirigimos para o centro de Santiago a fim de acharmos um guia para fazermos o city tour e, antes de entrarmos no metrô, parei para comprar uma boina. ‘Hacía mucho frío’ e eu estava congelando, apesar do modelito preparado e caprichado. Do mesmo jeito, H dela T resolveu comprar uma luva que custava 2 mil pesos, uma pechincha. Porém, o dia já havia começado bem para ele que, quando se deu conta, havia deixado 10 mil pesos de ‘la propina’ para a garçonete do hotel no café da manhã, pensando que tinha dado 1 mil pesos!!! Dinheiro no Chile é complicado mesmo, é tudo enorme, grandioso, tudo mil. Para simplificar a conversão, o H. dela T. deu como gorjeta para a menina cerca de uns R$ 40!!! Apenas numa manhã! Claro que todos caíram na sua pele e resolvemos, em comum acordo, não darmos gorjetas mais, afinal o H. dela T. já havia dado gorjetas por todos nós, durante os nossos próximos dias!
‘Llegamos ao cientro’ e começamos uma peregrinação pelo city tour que nos cansou! A única coisa boa foi que nós, as meninas, tivemos a oportunidade de conhecer as lojas de departamento fantásticas do Chile! Falabella, Paris e Ripley são deslumbrantes, fascinantes. Logo me apaixonei por uma maletinha da L’Oreal linda, cheia de frufrus! Mas me contive e deixei para adquirí-la no shopping mais tarde.
Nessa inda e vinda de grupos procurando pelo city tour perdido, nosso mestre e sábio guru A.X., quando estava caminhando com os meninos, acabou se perdendo. Passamos alguns minutos tensos e preocupados com o ‘chico’ perdido, sem telefone e comunicação com a gente! Mas, tio A.X. é mais safo que todos nós e voltou já com o nosso city tour armado! Fechamos os outros passeios com esse pessoal (Valparaíso, Viña Del Mar e Vale Nevado) e fomos felizes para a nossa van, que nos acompanharia por mais dois dias. A pedidos, nossa guia era uma ‘brasileña’, que estava mais para chilena cucaracha, que não falava português direito. Segundo ela, estava há seis anos no Chile e já havia esquecido sua língua nativa! Fala sério. Mas a ‘chica’ era maneira, com um estilo Bob Marley e se chamava Nazalda! Um nome tipicamente nordestino, como suas raízes!
O passeio foi muito bom, nos divertimos horrores, até porque a onda na van era contar piadas o tempo todo. A.X. e Belchior deram um show tão bom, que fizeram até o motorista do nosso tour cair na gargalhada. Mas A.X. joga baixo e ficava lendo no seu Iphone ‘las piaditas’, enquanto os outros pobres mortais ficavam repuxando e inventando de suas memórias as malditas piadas. O auge foi quando Belchior soltou seus clássicos: a do braço mecânico e a outra que fez todos morrerem de rir: o Pinóquio, que morreu queimado ao tocar uma punhetinha. Só Jesus!
Fomos a um lugar lindo, o Cerro de San Cristóbal, onde dava para ver Santiago todo de cima, uma vista incrível. Belchior, sempre ele, cismou que tínhamos que subir no trenzinho chamado Furnicula. Claro que todos mandaram a clássica música: “Furniculi, furniculá, lalalalalala” (não sei a letra) e o trenzinho, com seus outros visitantes, foram cantando em bom coro! Uma alegria só!
Mas, para minha tristeza, Belchior deixou a minha máquina de fotos novinha em folha, linda, rosa Pink, cair no chão e fiquei sem fotinhos... Ainda bem que nossos amigos queridos não nos deixaram a ver navios nos registros memoráveis da nossa viagem. ‘Gracias, chicos’!
Depois do nosso passeio ótimo, fizemos nossa parada final do city tour no shopping famoso da cidade: o Parque Arauco. Uma beleza de centro comercial que deixou a todos de queixo caído. Comemos qualquer coisa em 10 minutos e nos dividimos em grupos de interesse, desesperados pelas compras. Eu e G (minha dupla) só queríamos saber de maquiagem e nos comportamos ‘muy bien’. Mas os meninos enlouqueceram e compraram bastante! Valia a pena, claro! Calça jeans da Ellus por R$100 não tem preço! F. perdeu a linha e comprou um terninho básico da Paco Rabanne, ciroulas dos Simpsons e etc... Acompanhado, é claro, pelo seu parceiro H. dela T. Deve ter sido lindo os dois dormindo no mesmo quarto de cuecas dos Simpsons. RS
Depois dessas horas de comprinhas, nos dirigimos ao Pátio Bellavista, um complexo de bares e restaurantes muito legal! Para começar a brincadeira, Belchior parou o centro comercial ao fazer uma pose linda para uma foto: se colocava atrás de uma estátua de vaca (acho que era isso), simulando uma comidinha básica (no sentido conotativo da palavra mesmo). O melhor foi a sua cara de quem estava tendo um prazer inenarrável! Cruz credo! Fingi que nem conhecia e me retirei de fininho da cena...
Antes de irmos ao nosso destino final, F., hermano de Belchior, pediu uma mesa para 50 paraguaios num bar e saiu gritando, indignado, que a recusa em providenciar a mesa era preconceito con 'los paraguayos'! Como assim o bar não quis arrumar mesa para nós, os 50 paraguaios? Rsrsrs
Decidimos, então, ir para um pub chamado Dublin, que rolava uma ótima música e tinha um cardápio recheado de bebidas. Imaginem a festa, né? Tivemos várias performances de danças (detalhe que só nós dançávamos), com direito ao bailado louco e desvairado do A.X., que parecia que pegava algum tipo de santo, à imitação perfeita do F. da garça do Rui dos Normais, que parou o pub. Até os chilenos e outros clientes se renderam à loucura e expressaram suas gargalhadas. Alguém duvida que paramos o lugar com isso tudo? Os loucos ainda colocaram uma garrafa de proseco na nossa mesa, fizemos brinde com o nosso grito de guerra da excursão “Chi Chi Chi Le Le Le, Viva Chile”!!!
Também tivemos Belchior e sua aptidão de fazer amizades, logo se integrando a um grupo de homens (não sei se eram de lá). Ele passou mais de uma hora conversando (deve ter sido em portunhol, inglês e quem sabe aramaico) com os caras e, no final, deu aquele abraço nos ‘chicos’ tipicamente brasileiro.
Mais uma vez, foi difícil convencer esse povo de que precisávamos ir embora. Já eram quase 3 da matina e no dia seguinte tínhamos outro passeio agendado cedo! Depois de horas de saideira, F. continuou sua jornada de pegar alguma mulher e nós fomos para o hotel... Afinal, amanhã seria o nosso terceiro dia de viagem ...
hauhauhuah... Muito bom...
ResponderExcluirVamos aguardar o terceiro dia... rsrs
Suas histórias são as melhores e as mais bem contadas casadona!!!
ResponderExcluirE a cada dia... mais saudade me dá!!!
Viva chile e rumo a Punta Cana!!!