Moramos num apartamento que tem uma linda mata bem pertinho, na frente da nossa varanda, distante poucos metros. Além de nos sentirmos fora da cidade, de termos uma visão super natureza, que enche os nossos olhos de satisfação, estamos próximos de uma natureza viva. Pássaros, insetos (nem tão legais assim RS) e miquinhos costumam nos visitar com freqüência. Algumas vezes pulamos de alegria. Outras vezes eu grito de medo e susto. Uma barata voadora grande, um besouro, várias abelhas, passarinhos tomando aguinha na piscina, alguns insetos não identificados dão rasantes pela nossa sala.
O fato é que nos últimos dias temos escutado muito de perto um canto que parece ser, segundo Belchior, de um filhote de passarinho. Claro que esse fato não poderia passar impunemente por ele. “Casadona, tô achando seriamente que esse passarinho fez ninho aqui em casa. O canto está muito forte, bem de perto”. Como assim, amor? Você está viajando. Já bebeu hoje? Como o passarinho faria um ninho aqui em casa? “Casadona, os passarinhos costumam fazer ninhos em lugares escondidos. Com certeza eles fizeram aqui em cima da sanca da sala. Vou subir um dia e averiguar. Você não entende nada”.
Apesar de achar que Belchior estava louco, havia um certo sentido no que ele falava. Realmente o canto é muito próximo. Mas até agora ele não subiu para verificar onde está o ninho.
O problema é que isso despertou nele um sonho antigo: ter um papagaio. Essas coisas que a gente não entende. O canto do nosso possível hóspede, o passarinho misterioso, e a proximidade com a mata que nos cerca despertaram em Belchior as suas raízes do interior. Para meu desespero, claro. Sim, ele quer um papagaio, que dura 60 anos, morando com a gente, falando as besteiras que ele ensinar, um bichinho de estimação que ele pode domar, um discípulo de suas loucuras e brincadeiras. Um animal artista com um dono igualmente artista.
Eu não quero um papagaio. Até acho engraçado quando vejo algum que fala e tal. Mas não sou chegada a bichos. Só gosto de tubarões e tenho medo deles, claro. Sou meio excêntrica, mas maluca jamais! RS Agora conviver com um papagaio falando descontroladamente, que quando eu chegar em casa cansada, querendo paz, Belchior vai estar vendo televisão ao lado do seu papagaio, querendo me mostrar as últimas novidades do repertório da ave??!!! Quando eu quiser dormir, o bicho vai ficar tagarelando, grunhindo?? Nãooooooo, não quero!
Mas Belchior não me ouve. Ele que é tão liberto, tão solto, tão desprendido, que gosta de viajar, sair. Não vai dar certo. Ele vai ter que se preocupar com o bicho. Mas o caso é grave. Ele não quer saber e já está contando para todo mundo que vai comprar o bicho.
Fomos para a terrinha de Belchior no feriado. Ele falou com os pais que queria comprar um papagaio assim que chegamos. Foi na loja que vende bichos da cidade. Quando o vi voltar, ele já chegou dizendo: “Comprei. Vão entregar lá em casa”. Suei frio. “Tá de sacanagem, né? Como comprou? “Casadona, R$ 450. Muito bom preço, né”. Quando eu ia desmaiar, lembrei que ele era um artista. “Não comprei ainda, mas já deixei encomendado. Vão entregar lá na casa dos meus pais”. Não tinha. Graças a Deus.
Mas estou avisando com antecedência, caros apreciadores deste humilde blog, não vou suportar o trio ternura: Belchior + cerveja + papagaio. Imaginem o que virá pela frente.
O fato é que nos últimos dias temos escutado muito de perto um canto que parece ser, segundo Belchior, de um filhote de passarinho. Claro que esse fato não poderia passar impunemente por ele. “Casadona, tô achando seriamente que esse passarinho fez ninho aqui em casa. O canto está muito forte, bem de perto”. Como assim, amor? Você está viajando. Já bebeu hoje? Como o passarinho faria um ninho aqui em casa? “Casadona, os passarinhos costumam fazer ninhos em lugares escondidos. Com certeza eles fizeram aqui em cima da sanca da sala. Vou subir um dia e averiguar. Você não entende nada”.
Apesar de achar que Belchior estava louco, havia um certo sentido no que ele falava. Realmente o canto é muito próximo. Mas até agora ele não subiu para verificar onde está o ninho.
O problema é que isso despertou nele um sonho antigo: ter um papagaio. Essas coisas que a gente não entende. O canto do nosso possível hóspede, o passarinho misterioso, e a proximidade com a mata que nos cerca despertaram em Belchior as suas raízes do interior. Para meu desespero, claro. Sim, ele quer um papagaio, que dura 60 anos, morando com a gente, falando as besteiras que ele ensinar, um bichinho de estimação que ele pode domar, um discípulo de suas loucuras e brincadeiras. Um animal artista com um dono igualmente artista.
Eu não quero um papagaio. Até acho engraçado quando vejo algum que fala e tal. Mas não sou chegada a bichos. Só gosto de tubarões e tenho medo deles, claro. Sou meio excêntrica, mas maluca jamais! RS Agora conviver com um papagaio falando descontroladamente, que quando eu chegar em casa cansada, querendo paz, Belchior vai estar vendo televisão ao lado do seu papagaio, querendo me mostrar as últimas novidades do repertório da ave??!!! Quando eu quiser dormir, o bicho vai ficar tagarelando, grunhindo?? Nãooooooo, não quero!
Mas Belchior não me ouve. Ele que é tão liberto, tão solto, tão desprendido, que gosta de viajar, sair. Não vai dar certo. Ele vai ter que se preocupar com o bicho. Mas o caso é grave. Ele não quer saber e já está contando para todo mundo que vai comprar o bicho.
Fomos para a terrinha de Belchior no feriado. Ele falou com os pais que queria comprar um papagaio assim que chegamos. Foi na loja que vende bichos da cidade. Quando o vi voltar, ele já chegou dizendo: “Comprei. Vão entregar lá em casa”. Suei frio. “Tá de sacanagem, né? Como comprou? “Casadona, R$ 450. Muito bom preço, né”. Quando eu ia desmaiar, lembrei que ele era um artista. “Não comprei ainda, mas já deixei encomendado. Vão entregar lá na casa dos meus pais”. Não tinha. Graças a Deus.
Mas estou avisando com antecedência, caros apreciadores deste humilde blog, não vou suportar o trio ternura: Belchior + cerveja + papagaio. Imaginem o que virá pela frente.
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