terça-feira, 22 de dezembro de 2009

A questionadora que existe em mim!




Tá, Belchior é o máximo, divertido, cheio de histórias engraçadas e situações inusitadas. Mas agora vou falar um pouquinho de mim. Não sou uma estrela divertida como meu marido, mas também faço as minhas graças de vez em quando. Mas o ponto alto de mim mesma, do meu eu interior (ai, que brega!) é que sou um poço de inquietudes e questionamentos!!

Ok, estou meio intrigada porque Belchior me disse isso ontem e eu precisava dividir aqui. Ele disse que eu questiono tudo e que, ás vezes, cansa. Ele tá certo! Deve cansar mesmo. Não sei se tem a ver com minha profissão ou com meu faro jornalístico metido a detetive de meia tigela ou são os livros que leio e amo (policiais, principalmente), mas algo dentro de mim quer sempre saber mais e mais e mais.

Não me contento com uma resposta simples ou com o fato das pessoas não estarem afim de ficar pensando e me responder com a mais profunda clareza da alma as questões. Não dá, cara. Além disso, sou por demais observadora. Passo quieta muitos momentos só degustando e sentindo um prazer inenarrável de curtir os gestos, de elucubrar as atitudes, os pensamentos. Ahahaha, calma, gente, não pensem que sou louca!

Só gosto de observar, de questionar, de tentar entender o eu e as atitudes das pessoas. Gosto disso. Acho que seria boa psicóloga (já fui apelidada de psicóloga dos relacionamentos por ex-namorados de amigas minhas)! Mas acabei me formando em jornalista, com sonho de ser escritora, funcionando bem como assessora de imprensa. A vida é a vida!

Mas, fiquei intrigada ontem. Belchior tem razão. Para que tantas perguntas, tanta inquietação e vontade de desvendar os outros? “Não fui porque não fui, meu amor. Quis tomar um chopinho.”, respondeu-me ontem Belchior. Mas não me conformei. Claro que ele sempre quer tomar um chopinho! Ah, mas ele poderia ter ido comigo no evento dos meus amigos. Tudo bem, esquece.

O fato é que eu pergunto sem parar mesmo. Se não é direto com a pessoa, é dentro da minha cabeça. O assunto acaba, mas eu continuo martelando, pensando coisas, fazendo conexões. Será que estou na profissão errada? Sei lá, cara, não sei o porquê de ser assim. Fico matutando várias coisas, sempre!! E o que Belchior disse estava vivo em mim, ardendo com inúmeros questionamentos.

Fomos deitar e eu continuei martelando. Será que ele cansou de mim? Será que está afim de outra? Será que se arrependeu de ter juntado os trapos rapidamente? Cacete, me cobri com o edredom (eu durmo de edredom até no calor, ok? Não se preocupem, to bem), mas não conseguia relaxar. Belchior feliz, tentando dormir ao meu lado e eu não agüentei!!!

Querido, só mais uma pergunta, pode ser? “Claro, meu anjo, fala ai”. Acho que você está arrependido de algo! Você ta infeliz? Aiaiaia, ele não agüentou! “Casadona, me deixa dormir em paz!!! Não agüento mais tantas perguntas”! Rsrsrs Tá bom, né. Quem procura acha. Tá certo. Vou dormir, pensei quietinha.

Mas, entre um virar e revirar de lados, Belchior me disse: “Sou muito feliz, amor. De verdade. Só pare de me fazer tantas perguntas”.

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