quarta-feira, 10 de março de 2010

Enfim, Carnaval em Salvador!


Morro de São Paulo ficou para trás e o nosso rumo era Salvador. Chegamos por volta das 13h, com uma fome e tanto! A viagem de volta foi mais tranqüila, o barco sacudiu menos. Eu e Belchior de mochilão nas costas. Tínhamos que fazer hora (e muitas horas!) para entrarmos no camarote! Nosso vôo estava marcado para as duas da matina do dia seguinte.

Turista é turista e partimos para o Elevador Lacerda. O sol estava a pino, a fila grande, mas fomos persistentes. Chegamos lá em cima, rodopiamos, tiramos fotos, seguimos para o pelourinho. Tudo estava modificado, com traços marcantes do carnaval. Quase não conseguimos ver a Casa de Jorge Amado, pois havia um palco bem na frente. Calor, ruas lotadas, fantasias, músicas, uma baianidade nagô incrível. Subimos e descemos as ladeiras. Cada um com sua mochila. Almoçamos num restaurante ótimo. Quando tirei a mochila das costas estava marcadérrima. Era maratona e já sabia disso. Apesar do esforço, estava curtindo!

Depois do almoço buscamos o abadá do camarote (gastamos uma baba de táxi, Belchior errou o local, enfim, essas coisas de Belchior que me acabam, mas tudo bem...rs). Assim que colocamos as mãos no nosso abadá, num shopping de Salvador, sentamos e ufa! Só faltava 1 hora para irmos ao nosso mais esperado destino: o camarote do carnaval!! Meus ombros estavam muito doloridos e a marca da mochila já fazia parte do complemento da blusa! Recarregamos a bateria, tomamos uma coca-cola e partimos!! Mais um táxi para o circuito Barra-Ondina!

Os nossos abadás eram rosa chiclete, uma loucura! Chegamos ao camarote achando que seria o piorzinho da parada. Ficaríamos na ralé. Mas doce engano... O nosso camarote era hiper bem localizado (em frente ao camarote da Skol, patrocinadora do evento e local obrigatório para parada de todos os trios) e também em frente ao camarote da Ivete!

Ficamos surpresos com a estrutura e tamanho de lá. Simplesmente maravilhoso! Massagem, maquiagem, cabeleireiro, costureira para customização das blusas, tudo isso de graça! Só tínhamos um problema: as mochilas! Não havia guarda volumes. Belchior emocionado com tudo, largou as mochilas no chão mesmo! “Vamos deixar aqui mesmo, Casadona. Ninguém pega não”. Tudo bem que o clima era super familiar mesmo, cheio de senhorinhas e crianças e não estava lotado. Mas eu, paranóica que sou, comecei a fuçar um jeito de guardarmos. Não sosseguei. Logo convenci a moça da customização a esconder nossas bolsas! Perfeito!

Belchior não sabia para onde ia! Tomava caipiroska ou cerveja (o nosso camarote era patrocinado pela Nova Skin, nada legal isso, né)? Resolveu o problema simples assim: uma hora era caipiroska outra hora era cerveja! E mais, burlou todo esquema de patrocínio da parada. Descobriu que embaixo do camarote tinham vários ambulantes vendendo Skol a R$1 real. Parecia a Via Show! E o esquema era sofisticado. Você jogava o dinheiro pelo parapeito e eles colocavam a Skol num baldinho com um cabo de vassoura e a cerveja chegava até você! Tudo que Belchior queria!

Nosso cansaço foi embora rapidinho quando o primeiro trio chegou. Ara Ketu bombando. Ficamos arrepiados. Realmente a emoção é muito forte, o clima é contagiante e a experiência, única. Pulamos tanto que as pessoas chegavam a nos olhar como dois loucos, coitados, iguais a pintos no lixo. E estávamos mesmo!


Entre um trio e outro, havia um grupo de axé que ensinava as danças mais famosas (“eu sou o lobo mau, rebolation, mãozinha e etc). Tive que rebocar o Belchior lá da frente, lugar que ele sempre ia (eu puxava de volta, e ele ia e eu puxava...). Ele se enfiou na frente do palco, pediu para subir, disse que dançava super bem! Rsrs
Sabe o coisinha de Jesus? Então, ele é um pouco melhor...rsrs Exagero meu, claro, mas se ele subisse, o perigo era não querer descer mais. Ai eu estava frita!

A sequencia de trios foi maravilhosa: André Lellis, Jammil (o melhor de todos), Asa da Águia, Daniela Mercury, Margareth Menezes e Cacau, Timbalada! No meio da festa, Belchior já estava bem mais para lá do que para cá, chegou a tirar o tênis e ficar de sandália de dedo. Estávamos em casa! Quando nos demos conta, já estava na hora de ir para o aeroporto. Fim de festa e de carnaval....:-(

A volta para casa é sempre sofrida. Ao chegarmos no aeroporto ainda de abadá (e eu de trancinhas e apetrechos), Belchior se jogou no chão do embarque e tirou um cochilo. Só acordou para entrar no avião. Eu fiquei lá sentada naquele momento reflexão, nostalgia, mas me sentindo feliz de ter realizado dois sonhos num momento só: conhecer Morro de São Paulo e curtir um dia de carnaval em Salvador. E comecei a fazer a lista das peripécias do Belchior para atualizar o blog em plena madruga!

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