segunda-feira, 1 de março de 2010

Salvador, o catamarã e o primeiro dia em Morro de São Paulo


Sexta-feira de carnaval. Malas a postos. Vestida para obter conforto, economia na mala e ir ao trabalho. Eu e Belchior nos encontramos por volta das 19h na Cobal do Humaitá, pois daqui partiríamos para o Galeão. Fizemos uma horinha, meu marido tomou uns choppinhos e partimos para o aeroporto. Incrível como a hora não passa nesses momentos. Ainda esperamos cerca de 2 horas para embarcar. Nosso vôo tinha escala em Guarulhos e, enfim, às 3:30 da matina chegamos em Salvador!!! Huhuhu, agora só faltava cochilar um pouco e pegar o barquinho e ir para Morro de São Paulo!

Belchior, assim como eu, passou boa parte da viagem tentando descansar. Sabíamos que nossa noite e o dia seguinte seriam longos! Quando pegamos o táxi, ao chegar no aeroporto, pedimos a indicação do taxista para nos deixar num motelzinho custo/benefício legal. Seriam só 3 horinhas de sono e tínhamos até pesquisado uns melhorezinhos na internet, mas esquecemos o papel. A indicação do taxista foi trash! O motel era de quinta categoria. Que nojo! Mas, tudo bem, vamos lá. É carnaval! Cochilamos (quatro horas apenas de sono) e fomos pegar nosso catamarã rumo à Morro de São Paulo às 8 da manhã!

Essa viagem foi extremamente maçante e enjoativa. O catamarã mexe demais, a hora não passa e a nossa ansiedade cresce de uma forma indescritível! Mas, Belchior sentiu-se em casa quando entrou na embarcação. De longe avistou um colega do trabalho e deu aquele berro desnorteando as pessoas. “Falaaaaaaaaaaaaaaaaa Loucooooooooooo! Cacete, vc ta pegando sua estagiária do trabalho? Que falta de ética! Queria se esconder e me encontrou logo na ida, bem no catamarã. Ahahahaha. Se ferrou”! Sentei atrás do casal (único lugar que ainda restava) e queria deslizar pela cadeira abaixo de tanta vergonha. Belchior deixou o menino e a namorada completamente sem graças! E sem papas na língua, ele continuava a interrogá-los sobre o início da pegação, se o pessoal da empresa já sabia e etc. Surreal.

Depois disso, ele não sossegou. Andava de um lado para o outro no catamarã, fez várias amizades com a turma que ficou lá fora da embarcação. Muitos estavam passando extremamente mal. E ele tagarelando! RS De vez em quando ele vinha me perguntar se eu não queria ir lá para fora. Até que resolvi acompanhá-lo e realmente senti-me melhor. Passei a hora que ainda faltava recebendo a água do mar no rosto e olhando para o horizonte. A viagem melhorou bem.

Chegar em Morro é uma sensação indescritível. Depois de 2h e 40 min de barco em mar aberto, chegar é tudo! Pena que a sensação de alívio logo se esvai quando você olha a subida enorme que se tem que fazer! Mas, para nossa salvação, a nossa pousada era logo depois da subida. Deixamos as malas e partimos para a segunda praia, a mais badalada e bonita, em que nossos amigos gaúchos estavam nos esperando!!

Em Morro é uma delícia porque fazemos tudo a pé! O táxi é um carrinho de mão de obra, sabe qual? Cara isso é tudo! Havaiana e vestido formavam a dupla da minha mochila, além dos biquínis! Encontramos os nossos amigos e foi aquela festa! Sentamos na barraca e começamos a realmente curtir o carnaval! A água da praia é um escândalo de quente e deliciosa! Belchior pediu uma gelada e iniciou os trabalhos! Fizemos um brinde (eu com água de côco) e curtimos a praia. Mas eu estava realmente esgotada. O cansaço tomava conta de mim de uma forma... Até que estendi a canga e tentei relaxar.

O colega de trabalho do Belchior chegou com sua namorada e ficou conosco na mesa. Belchior não perdeu tempo e contou para os nossos amigos gaúchos tudo de novo, com aquela zuação que só ele consegue fazer. Sem pudor e sem problemas! Passamos o dia na praia e combinamos com nossos amigos gaúchos de, no fim do dia, irmos até a Gamboa (no outro da ilha), pois disseram que teria um trio elétrico por lá. Belchior super empolgado! Então, pegamos o barquinho e fomos para lá.... (cenas para o próximo texto)

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